Em
solenidade concorrida, o promotor Ricardo Machado foi reconduzido ao
cargo de procurador-geral de Justiça na noite de ontem. Em entrevista
coletiva, ele reafirmou o compromisso de garantir independência
financeira ao Ministério Público do Estado (MP-CE), além de assegurar
concurso para novos procuradores no interior do Ceará com vistas às
eleições de outubro.
Ricardo
Machado foi escolhido pelo governador Cid Gomes (Pros), em dezembro,
para comandar o MP durante o biênio 2014/2015, após ter ficado em
primeiro lugar na lista tríplice da consulta interna realizada pela
Instituição, ocasião em que obteve 205 votos.
“Nesses
dois anos, pretendo finalizar as iniciativas que ainda não foram
concluídas. Uma delas é a independência financeira do MP no sentido
material”, disse, admitindo que o Ministério Público precisa de recursos
financeiros, para que a instituição “tenha condições dignas de
trabalho”.
Segundo
disse, outra meta é apresentar, na Assembleia Legislativa, o Fundo de
Manutenção do Ministério Público. O objetivo, de acordo com Machado, é
garantir novos recursos e receitas para a instituição.
ELEIÇÕES
Para
as eleições de outubro deste ano, o MP-CE, além de investigar casos de
corrupção, ainda terá um quadro de novos promotores de Justiça. De
acordo com o promotor, de 80 a 100 novos promotores devem assumir as
comarcas do interior até julho, diminuindo a carência nos municípios
cearenses.
“Estamos
finalizando um concurso que já vem há mais de 2 anos. Já estamos na
fase final desse concurso. Eles irão todos, sem exceção, para o interior
e irão assumir, antes das eleições, as atribuições eleitorais”.
Machado
acrescentou ainda que o pleito transcorrerá bem, do ponto de vista da
instituição. “Nós iremos suprir a carência do interior”, garantiu.
MULTAS
Ricardo
Machado falou ainda sobre o Fundo de Controle Municipal do Estado do
Ceará. “A reação dos prefeitos contra a proposta de Lei aconteceu porque
não houve diálogo nesse sentido. Os valores não são exorbitantes”,
disse.
Segundo
o projeto, as multas pagas pelas prefeituras irregulares deverão ser
restituídas ao Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), em decisões
proferidas nos últimos cinco anos e que ainda não tenham sido recolhidas
aos cofres municipais. O Ministério Público, por sua vez, tem a
intenção de receber valor correspondente a 5% do total arrecadado.
“É
importante porque você pode dotar o Tribunal de Contas e o Ministério
Público de melhores condições estruturais. O Tribunal de Contas terá
mais condições de treinar, de informar e de ir aos municípios. Então
isso é benéfico”, defendeu.
SOLENIDADE
A
solenidade de posse iniciou por volta das 19h e contou com a presença
de parlamentares e autoridades. Prestigiaram o evento: o presidente do
Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), desembargador Luiz Gerardo Brígido;
o presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Valdomiro Távora;
além do prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio; do senador José
Pimentel; e o deputado federal José Guimarães, entre outras autoridades.
Nenhum comentário:
Postar um comentário