Caso de sarampo no CE deixa saúde em alerta
O gerente da célula de vigilância epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde, em Fortaleza, Antônio Lima, garantiu que o caso do médico é isolado. “Claro que sempre existe a possibilidade de aparecerem outros casos. Mas, por enquanto, o caso é único. As pessoas não precisam ficar em pânico, entretanto, é importante que os profissionais da saúde fiquem atentos aos sintomas e investiguem todas as suspeitas ”, comentou.
O representante da SMS afirmou ainda que foi feito um bloqueio vacinal entre as pessoas (familiares, amigos e profissionais de saúde) que tiveram contato com o médico infectado e que o estado de saúde do profissional já é estável. Ele salientou que Fortaleza possui uma ótima cobertura vacinal, superior a 95%, nas seis Secretarias Executivas Regionais (SER’s). A principal forma de prevenção é a vacinação, através da tríplice viral. Segundo a Sesa, a vacinação está disponível nos postos de saúde durante todo o ano.
DOENÇA VIRAL
Segundo o infectologista Rômulo Saboia, o sarampo é uma doença viral aguda, com elevada transmissibilidade e que pode acometer pessoas de qualquer idade não vacinadas. Os principais sintomas da doença são febre, manchas vermelhas pelo corpo, acompanhados de um ou mais dos seguintes sinais e sintomas: tosse, coriza e/ou conjuntivite e fotofobia (sensibilidade à luz).
A chance de contaminação é grande e o especialista alertou que o paciente contaminado deve evitar contato com outras pessoas. “Há muitos anos, não víamos um caso de sarampo no Estado, temos que evitar que novos casos surjam. O sarampo é muito contagioso e apesar de ter cura, há casos muito complicados”.
CONTÁGIO
Em nota, a Sesa explica que o sarampo é uma doença infecciosa transmitida por vírus, do gênero Morbillivirus, família Paramyxoviridae. O único reservatório é o homem. E a transmissão ocorre de pessoa para pessoa, por meio das secreções nasofaríngeas, expelidas ao tossir, espirrar, falar ou respirar. De acordo com a Sesa, em 2013, a cobertura média dos 184 municípios cearenses foi de 102,66% em crianças com um ano de vida. A meta estabelecida pelo Ministério da Saúde é de 95%.
O comunicado do órgão estadual, acrescenta, ainda, que o período da incubação é geralmente de dez dias, variando de sete a 18 dias, desde a data da exposição até o aparecimento da febre, e cerca de 14 dias até o início do surgimento das manchas vermelhas na pele. Já o período de transmissão é, segundo a nota da Secretaria, de quatro a seis dias antes do aparecimento do exantema (manchas vermelhas) e até quatro dias depois.
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