Um "puxadinhos" do Aeroporto de Fortaleza


Aeroporto terá estrutura provisória na Copa
Com apenas 25,95% das obras de reestruturação concluídas, o Aeroporto Internacional Pinto Martins, em Fortaleza, precisará adotar um “plano alternativo” para garantir o embarque adequado de passageiros durante a Copa do Mundo. O ministro da Aviação Civil, Moreira Franco, que ontem visitou o equipamento, reafirmou essa necessidade. Diante do atraso, a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), anunciou que irá instalar um terminal remoto temporário, (entre o terminal de passageiros e o de cargas) de 1.200 m², que custará R$ 3,5 milhões. O valor será pago pela Infraero e o terminal será utilizado em maio, junho e julho.
Durante a vistoria do Pinto Martins, ontem, Moreira Franco voltou a lamentar o ritmo das obras, que fazem do Aeroporto de Fortaleza o mais atrasado, dentre os equipamentos do tipo nas cidades-sede do Mundial. A lentidão, pelo menos desde junho de 2013, é alvo de críticas e cobranças do Governo Federal. O consórcio CPM Novo Fortaleza (formado pelas empresas Consbem Construções, Paulo Octávio Investimentos Imobiliários e MPE Montagens e Projetos Especiais) é o responsável pela reestruturação.
ESTRUTURA PROVISÓRIA
De acordo com a Infraero, o edital para contratação da empresa que irá instalar o terminal temporário foi publicado, ontem, no Diário Oficial da União. A estrutura provisória terá sistema de ar-condicionado, quatro portões de embarque, sanitários, cafeteria, revistaria, assentos e monitores do Sistema Informativo de Voos. O início da instalação acontecerá após a assinatura do contrato e a operação da nova estrutura ocorrerá durante 90 dias.
Ainda conforme a Infraero, tal solução já foi utilizada em outros eventos esportivos como as Olimpíadas 2012, Copa de 2010 e Eurocopa 2004, atendendo à demanda pontual desses casos. Em Fortaleza, quando em funcionamento, os passageiros serão conduzidos à estrutura provisória através de ônibus. 

REESTRUTURAÇÃO
Iniciadas em junho de 2012, as obras no Pinto Martins, que custarão R$ 337 milhões, são divididas em duas etapas. Até março, está prevista a ampliação do terminal de passageiros com novas áreas de embarque e desembarque, mais balcões de check-in, esteiras de restituição de bagagens, pontes de embarque, elevadores e canais de inspeção.
A capacidade de passageiros também deverá aumentar, em dois momentos. Saindo dos atuais 6,2 milhões de passageiros ao ano para 8,6 milhões até a Copa.
No equipamento, uma parte dos serviços já foi finalizada, como a ampliação do pátio de aeronaves, que passou de 134,700m² para 163,200m². Com a intervenção, o Aeroporto pode receber, simultaneamente, segundo a Infraero, mais quatro aeronaves tipo 737-800, uma aeronave 767-300 e uma do tipo 777-200.

A segunda etapa deverá ser finalizada até fevereiro de 2017, quando haverá complementação da ampliação leste, ampliação oeste e a reforma geral do terminal de passageiros. As instalações serão adequadas e modernizadas.
JUSTIFICATIVAS DO ATRASO
De 2012 até agora, as obras foram paralisadas por três vezes no aeroporto. Reivindicações trabalhistas justificaram a interrupção do serviço duas vezes no ano passado. Entre abril e maio, as intervenções ficaram paradas durante 24 dias, devido à greve dos trabalhadores do consórcio que reivindicavam, dentre outros, reajuste salarial.

Na quinta-feira (16), da semana passada, os trabalhadores, novamente, interromperam as obras alegando o descumprimento por parte do Consórcio CPM Novo Fortaleza, do acordo coletivo firmado anteriormente. O retorno à execução ocorreu sábado (18). A Infraero garante que está acompanhando a efetivação dos trabalhos junto ao Consórcio, tendo, inclusive, já aplicado duas multas no valor total de mais de R$ 1 milhão ao mesmo.

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