Miss venezuelana morre após ser baleada na cabeça durante protesto
- Génesis Carmona é levada de moto a um hospital após ter sido baleada na cabeça
Genesis Carmona cursava marketing na Universidad Tecnológica del Centro (Unitec) e era Miss Turismo Carabobo 2013.
"Foi operada ontem, mas sua evolução não foi satisfatória. Morreu hoje às 12h15 locais (13h45 de Brasília)", disse à agência Efe o médico Carlos Rosales, chefe da Unidade de Terapia Intensiva da Clínica Guerra Méndez de Valência, onde Carmona permanecia hospitalizada.
- Génesis Carmona, 22, era estudante de marketing e venceu o Miss Turismo Carabobo 2013
A miss estava internada com um quadro de edema cerebral. Ela chegou a ser submetida a uma operação de emergência, mas a bala não pôde ser retirada.
Em uma imagem comovente que correu o mundo, a miss aparece desmaiada sendo socorrida de moto.
Imagens da miss entubada e de uma suposta radiografia do crânio da miss ainda com a bala alojada estão circulando nas redes sociais, mas a veracidade das fotos não foi confirmada.
"Até quando vamos viver assim? Até quando vamos aguentar essa pressão? Até quando vamos suportar isso, que nos matem?", disse um de seus familiares à Reuters por telefone. "Faltava um semestre para ela se formar", lamentou.
Ontem (18), um ato de estudantes opositores em Valencia terminou em distúrbios, que, segundo a imprensa local, deixaram pelo menos oito feridos a tiros, entre eles Carmona, depois de um ataque praticado por um grupo de homens armados.
Desde que a onda de protestos começou, cinco pessoas morreram e dezenas ficaram feridas em várias partes do país.
A Venezuela vive um clima de tensão após vários dias de protestos contra o governo do presidente Nicolás Maduro, que denunciou um plano da oposição para tirá-lo do poder. (Com agências internacionais)
18.fev.2014
- Apoiadores do líder da oposição venezuelana, Leopoldo López, erguem
faixas e cartazes durante protesto contra o governo de Nicolás Maduro,
em Caracas, nesta terça-feira (18). López se entregou à polícia hoje.
Ele é acusado de incitar a violência nos protestos ocorridos na semana
passada, que resultaram na morte de estudantes. Jorge Silva/Reuters
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