Duquinha quer pulso firme contra violência e baderna


Deputados repercutem morte de cinegrafista
A morte do repórter cinematográfico da TV Bandeirante, Santiago Andrade, que foi atingido por um rojão, na última quinta-feira (6), durante manifestação no Rio de Janeiro, repercutiu, ontem, na Assembleia Legislativa. A sessão foi iniciada com um minuto de silêncio em homenagem ao cinegrafista. O deputado Ely Aguiar (PSDC) levou o tema para o plenário e, lamentando o ocorrido, ele condenou os atos de vandalismo nas manifestações ocorridas no País. O parlamentar criticou, também, o governo federal e o PT, apesar de admitir que os protestos são uma crítica ao atual governo. A repercussão motivou o debate e novas cobranças na área da Segurança Pública.
A maioria dos deputados, que estava presente à sessão ordinária, se colocou contrário aos atos de violência. O assunto foi tema de diferentes pronunciamentos e, em rápida discussão, ensejou críticas aos partidos e ao Governo. Houve, inclusive, um desentendimento entre Ely Aguiar e Professor Pinheiro (PT) devido a críticas partidárias.
“Os eventos estão sendo usados para desestabilizar o governo e, por falta de bandeira, partidos políticos buscam criar cortinas de fumaça para tirar proveitos eleitorais”, reclamou o deputado Professor Pinheiro em seu pronunciamento. Segundo ele, alguns manifestantes tem usado o regime para “extrapolar a convivência”, utilizando-se da violência. Mesmo com as críticas ao PT e a Dilma, o petista considera as manifestações legítimas, contudo repudiou a violência e condenou o uso de máscaras.

PULSO FIRME
Para o deputado Manoel Duca (Pros), o episódio evidencia uma “escalada da violência” e, portanto, o Governo precisa utilizar “pulso firme”. O parlamentar defendeu o uso das Forças Armadas, pois, segundo disse, a questão da insegurança é, atualmente, o maior problema a ser enfrentamento pela sociedade. A ideia, porém, foi rejeitada pelo deputado Professor Pinheiro sob o argumento de que, as Forças Armadas não estão preparadas para agir nas ruas.
Manoel Duca criticou, ainda, as conduções dos trabalhos realizados pela ministra Maria do Rosário, dos Direitos Humanos. “Como vai se conter essas manifestações se não for  com disciplina?”, questionou, ressaltando que os policiais estão engessados e não conseguem desempenhar suas funções com eficiência. Para ele, uma forma de resolver o problema da insegurança seria parar de “embutir na cabeça da população” as questões ligadas aos direitos humanos.
DIREITOS HUMANOS
Coube a deputada Eliane Novais (PSB), fazer das entidades que trabalham na área dos direitos humanos, ressaltando que alguns posicionamentos dos colegas de parlamento demonstram a visão distorcidas que as pessoas tem dos direitos humanos. Segundo ela, a temática tem papel fundamental de defender as minorias e, portanto, criminalizar suas funções não resolverá os problemas. Novais exemplificou, ainda, que a Comissão de Direitos Humanos da Assembleia faz parte de um grupo de trabalho que analisa os excessos dos manifestantes e da força policial. “Não podemos generalizar as coisas”, disse.
CONGRESSO
No Congresso Nacional, deputados federais e senadores  defendem que o projeto da Lei Antiterrorismo seja aprovado o quanto antes, para que possa se enquadrar crimes como o que resultou na morte do cinegrafista Santiago Andrade .

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