O ex-prefeito de Cariús, a empresa Omega e outras sete pessoas físicas são réus na ação de improbidade administrativa ajuizada pelo Ministério Público Federal no Ceará
Uma empresa e oito pessoas envolvidas em desvio de
verbas destinadas à construção de barragem no município de Cariús
responderão a ação de improbidade administrativa ajuizada pelo
Ministério Público Federal no Ceará (MPF/CE). Entre os envolvidos estão o
ex-prefeito Pedro Leandro Neto e a construtora Ômega Construções e
Serviços Ltda, pertencente ao empresário Jocélio de Araújo Viana, também
réu na ação.
De acordo com a ação, os réus fraudaram o processo
licitatório destinado à contratação de empresa para a construção de
barragem na localidade de Sítio Santa Rita de Cássia com custo de R$ 302
mil. Os recursos eram oriundos de convênio firmado entre o Departamento
Nacional de Obras Contra a Seca (DNOCS) e a prefeitura no de 2006,
durante a gestão de Pedro Leandro Neto.
Relatório de Fiscalização da Controladoria Geral da
União (CGU) demonstrou que houve direcionamento do certame e as
licitantes concorrentes da construtora Ômega foram consideradas
inabilitadas pela comissão de licitação com base em critérios ilegais ou
que não estavam presentes no edital.
Vencedora da licitação fraudulenta, que teve apenas
uma outra concorrente habilitada, a Ômega foi contratada formalmente,
entretanto o verdadeiro executor da obra e beneficiário de parte dos
recursos desviados do convênio foi Marcondes Lúcio Alencar, que chegou a
utilizar contas bancárias de terceiros para receber os recursos
desviados.
A Prefeitura de Cariús repassou à empresa contratada
cerca de R$ 282 mil, mas apenas 30% das obras de construção da barragem
foram executadas. As irregularidades, que incluíram também um falso
atestado de execução das obras emitido por um engenheiro do município,
foram confirmadas em inquérito civil público instaurado pelo
Procuradoria da República Polo Juazeiro do Norte / Iguatu - unidade
descentralizada do MPF.
"No curso do inquérito foram reunidos diversos
documentos e informações e ficou evidenciada, de forma contundente, a
prática de atos de improbidade administrativa por parte dos réus. Na
ação, o MPF pede a condenação de todos os envolvidos e o ressarcimento
dos danos causados aos cofres públicos.
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