A recusa do governo, orientada pelo
Ministério da Fazenda, foi baseada na vinculação dessas instituições com
Estados e Municípios. “As instituições
de ensino superior estaduais ou municipais são entidades vinculadas ao Estado
ou ao Município e devem, dessa forma, seguir os limites de contrapartida
estipulados para o respectivo ente. A inclusão de regras específicas por setor
ou órgão pode dificultar a execução dos processos de transferência voluntária”,
justificou o veto. Entretanto, o senador Inácio Arruda afirma que há
inconsistência no argumento, uma vez que a LDO apresenta exceções a tais
limites, como é o caso dos Consórcios Públicos.
“O veto é incompreensível e
injustificado, tornando-se num grave equívoco que precisa ser derrubado pelo
Congresso Nacional. A manutenção desse veto contraria o interesse público e a
política educacional do governo”, afirma Inácio, acrescentando que facilitar os
repasses da União para as universidades públicas estaduais e municipais é
estratégico para o alcance das metas previstas no Plano Nacional de Educação,
que está prestes a ser aprovado pelo Congresso Nacional. Em destaque àquelas
metas relacionadas à ampliação do acesso de jovens ao ensino superior e à
formação de professores, especialmente no interior do País. “Fortalecer as
universidades que já estão em funcionamento é a forma mais ágil e de menor
custo para atingir os objetivos, se somando aos esforços dos programas de
expansão de vagas nas universidades federais (Reuni) e à compra de vagas no
ensino privado (Prouni)”, defendeu o Senador. Inácio Arruda assegurou ainda que
articulará a derrubada do veto no Congresso Nacional, na análise marcada para o
dia 18 de março.
Segundo
dados da Associação Brasileira dos Reitores das Universidades Estaduais e
Municipais (ABRUEM), atualmente, a contrapartida das instituições ao receberem
recursos federais se estabelece entre 10% e 20% inviabilizando a utilização
completa dos recursos destinados. Vale salientar que, enquanto vice-presidente
da Frente Parlamentar em Defesa das Universidades Municipais e Estaduais,
Inácio tem sugerido alterações na legislação para permitir a ampliação de vagas
nessas instituições. “As Universidades não federais permitem a interiorização
do ensino superior, contribuindo de forma ativa para o desenvolvimento regional
e diminuição das desigualdades”, justificou.
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