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É
Brasil: primeiro, foram comprados 36 caças supersônicos Grippen NG, ao
custo de US$ 4,5 bilhões; depois da compra, discute-se se a compra
deveria ter sido feita. O debate sobre o já decidido ocorre amanhã, na
Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado, com a
participação do comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito, com
início marcado para as dez da manhã.
O valor da compra nem é tão alto: equivale a seis vezes o que o Brasil gastou na modernização do porto de Mariel, em Cuba; ou a quatro vezes o prejuízo com a compra da refinaria de petróleo obsoleta de Pasadena, nos Estados Unidos. E o investimento deve ser mais útil que aqueles: esta coluna - que tinha levantado dúvidas sobre a necessidade de novos caças, perguntando se drones, muito mais baratos, não fariam o mesmo serviço de supervisão de fronteiras e de regiões economicamente sensíveis, como campos petrolíferos em alto mar - recebeu mensagens de especialistas de prestígio, que consideram que a compra foi essencial. Diz o engenheiro aeronáutico Isu Fang, especialista em administração: "A escolha do Grippen NG foi elogiada por profissionais sérios, tecnicamente excelentes. Os drones não servem para todas as missões que a FAB tem de cumprir; e é preciso lembrar que nossa Força Aérea está praticamente sem aviões de combate, após a aposentadoria dos Mirage". Sobraram Tigers F-5 e Skyhawks A-4, alguns modernizados, mas bem idosos. Completa Isu Fang: "Se vamos manter uma força aérea precisamos dar-lhe condições mínimas de cumprir suas funções".
Carlos Brikmann
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Isto é Brasil-Opinião
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