Mal estar na frangolandia

Veiculada a partir desta segunda-feira nos principais jornais do país e em rede nacional de televisão, a nova campanha publicitária do frango da Sadia causou grande desconforto entre os produtores do setor.
A ponto de levar a União Brasileira de Avicultura (Ubabef) a divulgar uma “nota de esclarecimento”. Nela, a entidade diz que toda a carne de frango produzida no Brasil, com selo do Serviço de Inspeção Federal (SIF), não usa hormônios ou conservantes.
Trata-se de uma resposta clara e direta ao novo anúncio da Sadia, cujo mote é: “É simples: onde tem S de Sadia, não tem hormônios nem conservantes”.
Essa notícia aí lembra a história de uma dessas raposas antigas e felpudas do jornalismo. O colega achou por bem pegar pesado com um político meio que chegado a uns atos sem tanta cobertura assim do escrúpulo e da honorabilidade. Tá que bate no cara quando  um dia foi chamado por preposto do patrão na redação. Leriado vai, leriado vem ouviu a sentença; pode mais falar mal do Fulaninho, não. Nem de mal, muito menos de bem,, que aí ia ficar claríssima a censura paroquial. Indignado, urdiu  a mais vilã de todas as maldades, a mãe de todas as respostas ao sofrimento imposto pelo sensor.
Como o indigitado de seus textos estaria livre das cores de sua pena ferina e de sua língua viperina, descobriu um arqui inimigo, adversário figadal do protegido. 
O censor jamais sacou que a resposta viesse tão rápida e com tamanha e indestrutivel força, até porque impossivel silencia-la tambem: O colega passou a tecer, diariamente, derramados elogios à conduta honesta, correta, politicamente perfeita, sempre alvissareira e profundamente benéfica à sociedade do inimigo do seu inimigo. A vingança estava perfeita.
Isso quer dizer que, o inimigo do meu inimigo, é meu amigo.

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