Adoção, a única opção


CNJ inclui estrangeiros no cadastro de adoção

Reunido nesta segunda-feira (24), o Conselho Nacional de Justiça aprovou a inclusão de casais residentes no exterior —brasileiros ou estrangeiros— no Cadastro Nacional de Adoção. O objetivo da providência é aumentar a chance de adoção de crianças rejeitadas por casais brasileiros.
Hoje, há no Brasil 5,4 mil crianças ou adolescentes à espera de uma família que os adote. Na outra ponta, há 30 mil pretendentes à adoção. Deve-se o paradoxo ao fato de que casais brasileiros são seletivos. Afora os filtros raciais, preferem crianças mais novas, sem irmãos e saudáveis.
As estatísticas mostram que os pretendentes estangeiros fogem desse perfil. Não são refratários à adoção conjunta de irmãos, de crianças com problemas de saúde e com idade mais avançada. Hoje, esses casais se registram em tribunais estaduais de Justiças, mas não são incluídos no cadastro nacional, como ocorre com os brasileiros.
Com a decisão do CNJ, juízes da infância e juventude de todos os municípios brasileiros terão acesso aos dados dos estrangeiros habilitados para a adoção, exatamente como ocorre com os pretendentes que moram no Brasil. “A adoção internacional é uma opção valiosa de recolocação familiar”, disse o conselheiro Guilherme Calmon.
Calmon acrescentou: “Abre-se uma possibilidade interessante, segura e dentro da lei para evitar que as crianças se perpetuem nos abrigos. A verdade é que, hoje, boa parte desses jovens completa 18 anos sem ter vivido essa experiência” do convívio familiar.

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