Governador contesta pesquisa e defende redução da maioridade penal

O governador Cid Gomes declarou, ontem, que não viu o estudo divulgado pela ONG mexicana Conselho Cidadão para Segurança Pública e Justiça Penal, em que Fortaleza aparece no 7º lugar no ranking de cidades mais perigosas do mundo.
“Eu confesso que não vi os resultados deste ano. Mas vi os do ano passado e eles colocaram como população de Fortaleza 3 milhões e 200 mil habitantes. Todo mundo sabe que Fortaleza não tem essa população”.
De acordo com ele, os dados estão suscetíveis a uma melhor avaliação. “Acho que uma ONG mexicana está passível de cometer erros. Vou analisar os dados desse ano, mas os dados que foram apresentados, ano passado, cometem essa falha básica”, alertou.
MAIORIDADE PENAL
Na ocasião, o governador também defendeu a redução da maioridade penal. Segundo disse, “em uma idade menor de 18 anos as pessoas já podem ser conscientes do que estão fazendo. Isso é um assunto que eu coloco, mas que está fora da nossa alçada, depende da Legislação Federal”.
INVESTIMENTOS
Cid Gomes aproveitou a reunião do MAPP para afirmar que busca ampliar os investimentos em segurança pública e reafirmou os esforços praticados pela gestão estadual para combater a criminalidade. “A cada dois policiais militares do Ceará, um foi contratado pelo nosso governo”.
Segundo disse, mais de mil policiais devem ingressar no efetivo até o fim do primeiro semestre deste ano. “Mesmo com a sucessiva queda dos números de assaltos e roubos, ainda temos esses índices entristecedores em relação a homicídios, que permanecem em uma curva crescente”, afirmou.
Cid Gomes atribuiu ao crack a responsabilidade pelo aumento dos crimes no Ceará. De acordo com ele, a venda da droga na periferia das grandes cidades tem ocasionado assassinato por inadimplência dos dependentes químicos. “Não nos conformamos e estamos ampliando a estratégia e identificando os chefes dessas gangues. Durante a semana, foram presas 50 pessoas ligadas ao tráfico de drogas”, assegurou.
O chefe do Palácio da Abolição ainda citou o modelo de gratificações, a partir de resultados, para a área da segurança como um dos instrumentos que pode reduzir os indicadores da violência no Ceará. “O Estado está dividido em 18 áreas, e teremos acompanhamento diário. Com base nos resultados, as gratificações serão feitas”, concluiu.