Ora pois, pois


Portugueses pedem apoio da Câmara
Uma comitiva de representantes da comunidade portuguesa esteve ontem com o presidente da Câmara Municipal de Fortaleza, Walter Cavalcante (PMDB), à procura de apoio para sensibilizar o prefeito Roberto Cláudio sobre a remoção da Praça Portugal, no Bairro Aldeota, para implantação do binário nas avenidas Dom Luís e Santos Dumont.
  O vice-cônsul de Portugal, Francisco Brandão, solicitou que se esgotasse todas as possibilidades de diálogo, afirmando aos vereadores não ser contra a mobilidade urbana, entretanto, segundo ele, isso precisa ser realizado preservando o patrimônio histórico e afetivo de Fortaleza. “Quando se fala de Praça Portugal, se fala também de Fortaleza”, destacou, citando que o monumento localizado no centro da Praça representa a união entre os povos lusófonos. A comitiva destacou, ainda, que propõe participar da discussão para analisar alternativas técnicas de manutenção da Praça Portugal.
  Amanhã, a partir das 16 horas, a mesma comitiva será recebida pelo prefeito Roberto Cláudio, onde pretende apresentar argumentos pela manutenção da praça.
  Walter Cavalcante, porém, informou que a intervenção passará por discussão no Legislativo municipal, inclusive o secretário de Conservação e Serviço Público, João Pupo, estava na Casa para debater com os vereadores.
NOVO DESENHO
  No plenário, João Pupo explicou que, desde 2013, a Prefeitura estuda os pontos críticos de mobilidade no intuito de redesenhar o trânsito da cidade e, por isso, aposta na modelagem de binário para melhorar a circulação de carros, a rotatividade e a redução dos estacionamentos irregulares. Adiantou, ainda, que o próximo binário deverá ser construído no bairro do Montese.
  Sobre a Praça Portugal, o secretário evitou polemizar ainda mais o debate. Afirmou apenas que a praça não comporta mais o fluxo de carros que passa constantemente no local, e que a Prefeitura estudou outras modalidades como implantação de túneis, pontuando que o que desestimulou não foi o custo, mas a perda de 180 metros de mobilidade, além da ciclofaixa e faixa de pedestre.
  A obra está orçada em 3,5 milhões de reais e a empresa Mckinsy&Company, responsável pela obra, foi contratada mediante inexigibilidade de licitação, justificada, segundo João Pupo, por sua experiência mundial e contrato com outras capitais brasileiras, o que possibilitou comparação de preços.
E MAIS
  Os vereadores realizaram alguns questionamentos sobre a demolição da Praça Portugal e a remoção de árvores dos canteiros centrais das avenidas, além do licenciamento ambiental e a contratação da empresa.  João Alfredo (PSol), até mesmo, elogiou a postura do secretário João Pupo, ironizando a vinda dos demais secretários que, segundo ele, agridem os parlamentares que apresentam posicionamento divergente.
   O projeto de lei para remoção da Praça Portugal, ainda, será encaminhado para Câmara Municipal antes de ser efetivado pela Prefeitura.

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