Putin ordena retorno aos quartéis de tropas no oeste e centro do país
IMPASSE COM A RÚSSIA MOTIVOU REVOLTA NA UCRÂNIA
As manifestações começaram em novembro, depois que o então presidente Viktor Yanukovich anunciou sua decisão de não assinar um acordo de cooperação com a União Europeia.Uma ex-república soviética, a Ucrânia está no meio de uma disputa de forças entre grupos que querem mais proximidade com a União Europeia e outros que têm mais afinidade com a Rússia.
Em fevereiro, Yanukovich foi deposto, um governo interino foi empossado e novas eleições foram convocadas.
As atenções agora se viraram para a Crimeia, região autônoma da Ucrânia de maioria alinhada à Rússia e que convocou um referendo sobre sua soberania.
Tropas russas já assumiram controle sobre a região, apesar dos protestos da comunidade internacional ,e há temores de que possam tentar avançar sobre outras partes da Ucrânia.
"O comandante supremo das Forças Armadas da Federação Russa, Vladimir Putin, deu a ordem para as tropas e unidades participando dos exercícios militares regressarem às suas bases", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, segundo a agência Interfax.
Peskov disse que os exercícios tinham sido um sucesso e que terminaram na data prevista.
O líder russo assistiu ao último dia dos exercícios na segunda-feira (3), e não demonstrou nenhum sinal de preocupação com advertências de potências ocidentais de que a Rússia poderia enfrentar sanções para tomar o controle da região Crimeia sul da Ucrânia. Mais tarde, os EUA suspenderam negociações comerciais e acordo militar com a Rússia.
EUA suspendem negociações comerciais e acordo militar com a Rússia
Os Estados Unidos suspenderam nesta segunda-feira as negociações que estavam em andamento com a Rússia para estreitar seus laços comerciais e de investimentos devido à intervenção militar desse país na península ucraniana da Crimeia, informou uma fonte oficial ao jornal "Wall Street Journal". Mais cedo, os EUA haviam anunciado a suspensão de "todos os vínculos militares" entre Washington e Moscou."Devido aos últimos eventos na Ucrânia, suspendemos as negociações bilaterais - com a Rússia - sobre comércio e investimento, que estavam voltadas a aproximar nossos laços comerciais", disse à publicação um porta-voz do representante de Comércio Exterior dos Estados Unidos, Michael Froman.
Os vínculos militares entre os países que foram encerrados compreendem "os exercícios e as reuniões bilaterais, as escalas de navios e as conferências de planejamento militar", declarou em uma nota o porta-voz da Defesa americana, o contra-almirante John Kirby.
"Pedimos que a Rússia impeça a escalada da crise na Ucrânia e que suas tropas na Crimeia voltem para suas bases", afirmou em comunicado o porta-voz do Departamento de Defesa, o contra-almirante John Kirby.
Essas decisões se inserem no pacote de medidas de pressão que os Estados Unidos preparam para tentar persuadir a Rússia a voltar atrás em sua intervenção militar na Crimeia.
(Com AP e Efe)
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