Tem quem diga que não houve ditadura


Câmara recusa homenagem à ditadura e saúda os que resistiram
joao figueiredo e a menina
O general Figueiredo e a pequena heroína da resistência
A Câmara dos Deputados fará sessão solene no próximo dia 1º de abril, às 9h30m, para homenagear civis e militares que resistiram à ditadura e para discutir o regime militar instaurado no Brasil em 31 de março de 1964. O requerimento para a sessão foi apresentado pela deputada Luiza Erundina (PSB-SP) e aceito pelo presidente da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN).
O presidente da Câmara indeferiu requerimento do deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), que pretendia a realização de sessão solene para homenagear o regime militar instaurado em 1964. Alves não concordou com a solicitação de Bolsonaro, que é capitão da reserva do Exército, por entender que o regime foi maléfico ao Parlamento, inclusive, cassando parlamentares. Henrique Alves disse que não poderia aceitar um requerimento para exaltar a ditadura. Segundo ele, a Câmara não poderia fazer a homenagem, porque foi perseguida e “brutalmente atingida pela revolução”.
dep luiza erundina
A deputada Luiza Erundina pediu a homenagem aos que resistiram
“Autorizei a solicitação da deputada Erundina para analisar os fatos [revolução] e indeferi a solicitação do deputado Bolsonaro, que queria homenagear a Revolução de 64. Essa Casa não poderia fazer isso de jeito nenhum, porque foi perseguida, brutalmente atingida pela revolução, seus membros cassados, esta Casa fechada, portanto estou indeferindo [o requerimento de Bolsonaro]” disse Henrique Eduardo Alves.
Mesmo tendo o requerimento indeferido, Jair Bolsonaro poderá discursar na sessão e defender suas convicções por até 15 minutos, por indicação de seu partido. (Iolando Lourenço, ABr)

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