Na briga PT X PMDB, a Viúva entra com a cara
Liderada
por Lula e Michel Temer, a turma do ‘deixa disso’ entrou em campo para
apartar os pugilistas do PT e do PMDB. Mas o ringue continua aceso. No domingo, Dilma Rousseff receberá
os dirigentes do córner peemedebista. Vai tentar convencer o suposto
aliado a aceitar uma derrota por pontos, sem a humilhação de um nocaute.
Nesta sexta-feira (7), em encontro promovido pela agência de notícias EFE, o presidente do PT federal, Rui Falcão, fixou as balizas da negociação. A coisa foi combinada no Palácio da Alvorada, na reunião que Lula e Dilma tiveram com o alto comando da campanha de 2014.
“Não vamos ceder um novo ministério para o PMDB”, bateu o pé Rui Falcão. “Agora, concessão para discutir projeto de lei, espaço em estatal, para isso estamos abertos à negociação.” Hummmm!!!
O que o dirigente do PT declarou, com outras palavras, foi o seguinte: o governo deseja satisfazer as pulsões fisiológicas do PMDB. Mas não pode entregar um sexto ministério à legenda porque o PT não abre mãos de nenhuma das suas 17 pastas e Dilma ainda precisa acomodar na Esplanada o Pros, o PTB e o PSD. Mas a presidente admite barganhar com o “espaço” das estatais.
A metodologia não é nova. Vem pelo menos da administração FHC, talvez antes. O governo divide a máquina pública em dois setores. Um, mais “sério” (aspas em negrito), é gerido segundo critérios técnicos —vale para Fazenda e Planejamento, por exemplo. Outro setor, mais político (no pior sentido da palavra), é oferecido aos aliados no baixo mercado do clientelismo.
Numa Brasília em que se barganha tudo, com a possível exceção da mãe, é impossível localizar no calendário a data em que as estatais desceram ao balcão. Já faz muito tempo. Na era dos governos petistas, elas foram oferecidas desde a primeira hora, em meio a odaliscas e domadores de cobras.
Repare bem: você nunca viu o senador Renan Calheiros mover os lábios para pedir mais “espaço” no governo. Por quê? No alvorecer do primeiro reinado de Lula, Renan plantou o apadrinhado Sérgio Machado no comando da Transpetro, um cobiçado “espaço” da Petrobras. Machado se mantém no posto há 11 anos. É grande, muito grande, enorme o ciúme que o prestígio de Renan desperta no núcleo pobre do PMDB.
Foi por um misto de ciúmes e vingança que outros habitantes do condomínio estouraram um “espaço” que o PTB de Roberto Jefferson mantinha na Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. A filmagem daquele funcionário do setor de compras recebendo propina e dando os detalhes de como o rateio era feito acendeu o pavio de Jefferson. A explosão, como se sabe, deu no mensalão.
Ao sinalizar que as estatais continuam à disposição, Rui Falcão informa que Lula, Dilma e o resto do PT realmente não retiraram do escândalo um mísero ensinamento. Tudo continua como antes. Com uma diferença: a turma já nem se preocupa em procurar um canto escuro para tran$acionar. Melhor assim. Qualquer criança de cinco anos agora percebe que, no boxe do PT com o PMDB, a Viúva entra com a cara. Ou, por outra: nesse grande circo, você, caro contribuinte, entra com a bilheteria.
Nesta sexta-feira (7), em encontro promovido pela agência de notícias EFE, o presidente do PT federal, Rui Falcão, fixou as balizas da negociação. A coisa foi combinada no Palácio da Alvorada, na reunião que Lula e Dilma tiveram com o alto comando da campanha de 2014.
“Não vamos ceder um novo ministério para o PMDB”, bateu o pé Rui Falcão. “Agora, concessão para discutir projeto de lei, espaço em estatal, para isso estamos abertos à negociação.” Hummmm!!!
O que o dirigente do PT declarou, com outras palavras, foi o seguinte: o governo deseja satisfazer as pulsões fisiológicas do PMDB. Mas não pode entregar um sexto ministério à legenda porque o PT não abre mãos de nenhuma das suas 17 pastas e Dilma ainda precisa acomodar na Esplanada o Pros, o PTB e o PSD. Mas a presidente admite barganhar com o “espaço” das estatais.
A metodologia não é nova. Vem pelo menos da administração FHC, talvez antes. O governo divide a máquina pública em dois setores. Um, mais “sério” (aspas em negrito), é gerido segundo critérios técnicos —vale para Fazenda e Planejamento, por exemplo. Outro setor, mais político (no pior sentido da palavra), é oferecido aos aliados no baixo mercado do clientelismo.
Numa Brasília em que se barganha tudo, com a possível exceção da mãe, é impossível localizar no calendário a data em que as estatais desceram ao balcão. Já faz muito tempo. Na era dos governos petistas, elas foram oferecidas desde a primeira hora, em meio a odaliscas e domadores de cobras.
Repare bem: você nunca viu o senador Renan Calheiros mover os lábios para pedir mais “espaço” no governo. Por quê? No alvorecer do primeiro reinado de Lula, Renan plantou o apadrinhado Sérgio Machado no comando da Transpetro, um cobiçado “espaço” da Petrobras. Machado se mantém no posto há 11 anos. É grande, muito grande, enorme o ciúme que o prestígio de Renan desperta no núcleo pobre do PMDB.
Foi por um misto de ciúmes e vingança que outros habitantes do condomínio estouraram um “espaço” que o PTB de Roberto Jefferson mantinha na Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. A filmagem daquele funcionário do setor de compras recebendo propina e dando os detalhes de como o rateio era feito acendeu o pavio de Jefferson. A explosão, como se sabe, deu no mensalão.
Ao sinalizar que as estatais continuam à disposição, Rui Falcão informa que Lula, Dilma e o resto do PT realmente não retiraram do escândalo um mísero ensinamento. Tudo continua como antes. Com uma diferença: a turma já nem se preocupa em procurar um canto escuro para tran$acionar. Melhor assim. Qualquer criança de cinco anos agora percebe que, no boxe do PT com o PMDB, a Viúva entra com a cara. Ou, por outra: nesse grande circo, você, caro contribuinte, entra com a bilheteria.
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