A chibata come em quem atrapalha a vida das pessoas no terminal de onibus de Messejana


Manifestação bloqueia Terminal de Messejana
A primeira manifestação começou por volta das 10h da manhã no Terminal Rodoviário de Messejana e terminou ao meio-dia. A segunda teve início às quatro horas da tarde e foi até as cinco. A primeira, segundo os estudantes que participaram dela, era pacífica. A segunda, foi mais violenta. Nenhuma das duas, no entanto, tinha o objetivo de promover a baderna, garantem, mas a de reivindicar as carteiras que ainda não foram entregues pela Etufor.
Aparentemente espontânea, a manifestação da manhã, no entanto, foi planejada. Informa o aluno do Colégio José de Alencar, Régis Erison, que houve uma reunião antes da qual participaram alunos de três colégios da região. Nela decidiram impedir os ônibus de entrar no terminal. E assim foi feito. O objetivo era fazer isso sem cometer nenhum excesso. A Guarda Municipal, porém, segundo ele, não deixou e, de repente, tudo começou.
No período da tarde a manifestação teve início mais ou menos às 16h. Desta vez não houve reunião alguma. Tudo, segundo ele, Erison, foi espontâneo. Mas não para o inspetor da Guarda Municipal, Fábio de Aquino. Postado no meio de 50 guardas, aproximadamente, o inspetor afirma que, desta vez, os ônibus foram apedrejados. E não só. Havia manifestantes mascarados também que, para ele, descredencia toda e qualquer manifestação que queira se considerar pacífica. De manhã, acrescenta, havia 100 pessoas. À tarde, porém, 200, aproximadamente. A Guarda Municipal, portanto, precisou da ajuda da Polícia Militar que, para conter a violência, se serviu do Batalhão de Choque.
Os Passageiros
Maria Irismar Pereira de Lima, doméstica, estava com a filha, cadeirante, quando a manifestação teve início no período da tarde. “Não dava para entrar no terminal”, afirma ela. “Os estudantes simplesmente bloquearam todas as entradas. O motorista do ônibus até que tentou, mas não conseguiu. Estava tudo fechado”. A filha, Juliana Pereira, aproveitando o depoimento da mãe, informa que mesmo depois que os passageiros desceram do coletivo tiveram dificuldade de acesso ao terminal. Os estudantes não deixavam.
Iagra Iorrana, de 16 anos, protesta. Para ela, os estudantes foram agredidos com bombas de gás e balas de borrachas covardemente. Bateram neles, quando nada fizeram. Além disso, estavam em seu direito. Ela, por exemplo, paga R$ 4,40 para ir e vir do colégio todo dia quando deveria pagar menos do que isso se estivesse com a carteira. E essa diferença faz falta em casa, garante.
A Etufor
Representando a Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza, Etufor, Ivanderly Carvalho, assistente técnica da instituição, tenta explicar. Diz ela que, historicamente, 500 mil alunos solicitam a carteira de estudante. Até o momento, 135 mil cumpriram com todas as formalidades para a carteira ser expedida. 150 mil cumpriram apenas com uma das etapas: a solicitação ou a biometria. Nesse caso, não receberam a carteira. A solução, portanto, é a seguinte. Todo aquele aluno que fez a solicitação, mas não fez a biometria, pode ir aos postos de Bilhete Único para fazer o cadastramento de biometria facial com comprovante de endereço e documento com foto. Aquele que fez a biometria, mas não providenciou a solicitação, pode fazer isso por intermédio do colégio, se for da rede pública ou, se for da rede particular, efetuar o pagamento do boleto em casa lotérica depois de imprimir o comprovante de solicitação. Feito isso, a Etufor providenciará a entrega da carteira às entidades estudantis que, por sua vez, são responsáveis pela entrega do documento a seus respectivos usuários.

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