A gente se pelando de medo de andar nas ruas e na Câmara de Fortaleza...


Protesto na Câmara cobra políticas públicas para proteção de animais
Militantes da Sociedade Protetora dos Animais estiveram na manhã de ontem na Câmara Municipal de Fortaleza reivindicando a votação de políticas públicas voltadas a defesa e proteção dos animais que vivem nas ruas.Os militantes denunciaram que o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) estaria sacrificando os animais, mesmo sem que os bichos estejam doentes.
Na ocasião, representantes de entidades ligadas à proteção de animais cobraram a elaboração de políticas públicas para atender a demanda da Capital. A militante Rúbia Bernardes disse que “nenhum vereador tem projetos voltados à proteção dos animais. O único [projeto] existente é o da vereadora Toinha Rocha (Psol), mas que ninguém aprova. Exigimos castração a baixo custo, veterinários e delegacia onde possamos denunciar os maus-tratos”, ressaltou.
Os militantes ainda denunciaram, na Câmara, que o Centro de Zoonozes estaria intensificando o recolhimento de animais das ruas. “Eles só sabem sacrificar os animais. Falam que sacrificam os animais que estão com raiva ou calazar, mas não é verdade. Nós já temos provas de que estão sacrificando os animais da pior forma possível e agora, com a Copa do Mundo, eles estão recolhendo os de rua para matar”, disse.
VÍDEO
Na tribuna da Câmara, a vereadora Toinha pediu o cumprimento da lei do bem-estar animal. Segundo a vereadora, o Centro de Zoonoses não está tratando os animais que lá se encontram como deveria. Toinha exibiu no telão do plenário um vídeo que circula pela internet e afirmou que o local seria o CCZ de Fortaleza. A parlamentar pediu para que se investiguem as condições que o Centro de Zoonoses está oferecendo para os animais. “Precisamos apurar, investigar e se comprovadas as denúncias, tomar as medidas para solucionar o problema e dar a devida responsabilização aos agentes envolvidos”, afirmou.
A vereadora lamentou a ausência de um representante do CCZ na audiência pública que foi realizada do dia 23 de abril para debater as políticas públicas de defesa dos animais no município. “Surgiram questões sobre o CCZ que, infelizmente, embora convidado não pode se fazer presente. Lamentamos a postura da Direção do Centro que se sucedeu à audiência, ocupando aqui o espaço em sessão plenária, numa postura refratária das questões postas pela sociedade a esta Câmara e não aberta a uma construção conjunta”, destacou.
O QUE DIZ O CCZ
Em entrevista ao jornal O Estado, o gerente da célula de Vigilância Ambiental e Riscos Biológicos, Nélio Morais, disse que as denúncias contra o CCZ teve início em janeiro, quando um grupo de ONG’s protetoras de animais realizaram uma visita ao Centro. “Eles foram recebidos de forma transparente, mostramos a estrutura toda e os medicamentos. Acredito que eles esperavam encontrar um espaço atípico e digo que, com essas denúncias, eles estão querendo aparecer e se promover. Todos os procedimentos de eutanásia são realizados por parte da portaria 1.000 do Conselho Federal de Medicina Veterinária. Nós respeitamos a vida animal mais que o grupo que está fazendo a denúncia”, completou, afirmando que vai entrar com um processo de calúnia e difamação na Justiça contra as denúncias. “Os animais têm ração à vontade e os canis são limpos. Temos câmeras de vídeo para comprovar”, afirmou Morais.
Indagado sobre a denúncia de que os animais de rua estavam sendo recolhidos da rua para serem sacrificados, o gerente disse que é uma inverdade e que o CCZ segue a lei que não permite que os animais clinicamente sadios sejam capturados. “A carrocinha vai às casas das pessoas que têm cães com calazar e cães agressores com risco de acometimento de raiva, que são levados para ficar em observação no CCZ”, completou.

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