Minas Gerais deve ser pivô da separação de Aécio e Campos
Minas Gerais pode ser pivô do divórcio entre PSDB e PSB. O pernambucano Eduardo Campos (PSB) e mineiro Aécio Neves (PSDB) tinham um acordo de cavalheiros para não lançarem candidatos ao governo de Pernambuco, no caso de Aécio, e em Minas, no caso de Campos. O plano do PSB de lançar Júlio Delgado ao governo mineiro mostra que o acordo já começou a ruir antes mesmo da campanha começar oficialmente. A candidatura de Delgado pode puxar de 10% a 15% para o PSB, nas contas do partido.
A língua afiada de Aécio também teria irritado Campos. O pernambucano não ficou nada satisfeito com a declaração do tucano que o incluía em um projeto para 2015. Na avaliação de Campos, a fala o desconsidera como candidato. A escalada para rebater o “projeto” de Aécio foi Marina Silva, pré-candidata a vice na chapa de Eduardo Campos, que declarou ver “diferenças profundas” entre os dois programas de governo.
Campos ainda levou uma rasteira de Aécio em uma desejada aliança com o PP no Rio Grande do Sul. O pessebista queria se aliar a senadora Ana Amélia (PP), mesmo com a negativa de Marina. Aécio foi mais rápido na articulação e fechou a coligação com o PP no estado. Sobrou para o PSB fechar palanque como PMDB, apoiando o ex-prefeito de Caxias do Sul, José Ivo Sartori.
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