O
Banco do Nordeste (BNB) está realizando um trabalho em toda a sua área
de atuação - nove estados nordestinos, além da região Norte de Minas
Gerais e do Espírito Santo -, a fim de comunicar aos produtores rurais
que estão inadimplentes, como regularizar a sua situação, com amplo
desconto no valor principal, mais prazo, carência e taxas de juros
interessantes.
Isso
porque, dos cerca de 900 mil clientes que estavam em débito com o banco
no início deste ano, 652 mil já realizaram a regularização das suas
dívidas com a instituição financeira, passando a ter o nome limpo e
crédito na praça, inclusive com os demais bancos. Somente, no Ceará,
102.637 criadores e agricultores renegociaram suas dívidas, num total de
R$ 688.379,00 e já podem voltar a realizar a tomada de empréstimos e
investir na produção. Faltam, ainda, pouco mais de 40 mil, ou seja, um
terço do total de 142 mil contratos inadimplentes.
De
acordo com o presidente do BNB, Nelson Antônio de Souza, os pequenos
agricultores e agricultores familiares são aqueles que mais ficam
preocupados, quando estão devendo ao banco. E eles sempre procuram uma
maneira de liquidar estas dívidas, mas por falta de informação, às vezes
não procuram a instituição financeira para tentar renegociar.
Através
de instrumentos legais - Leis 12.249, 12.716 e 12.844, além das
resoluções 4188-4189, 4211-4112 e 4250-4251 -, o banco já renegociou as
dívidas de 652.922 produtores rurais, regularizando um total de R$ 4,52
bilhões. “Os agricultores não gostam de ficar devendo a ninguém. É
provado que, quanto mais humilde, mais ele paga. E ninguém fica
inadimplente porque quer. É bom salientar, ainda, que o banco suspendeu
mais de 126 mil ações de execução, até 31 de dezembro deste ano, para
que estas pessoas possam renegociar suas dívidas. Só aqui, no Ceará, são
38 mil”, disse.
OPORTUNIDADE
O
presidente da instituição salientou, ainda, que se trata de uma grande
oportunidade para que os agricultores e criadores, na área de atuação do
BNB, regularizarem suas situações, até porque ninguém fica devendo
porque quer. Entretanto, os dois últimos anos foram de estiagem,
atrapalhando os resultados da colheita dos agricultores, bem como
provocando perdas substanciais nos rebanhos da região Nordeste. “Estamos
realizando uma divulgação maciça nos órgãos de imprensa, como jornais,
televisões e rádios, a fim de alertar os agricultores e criadores em
débito, sobre esta excelente oportunidade.
Afinal,
eles poderão renegociar as dívidas com até 85% de desconto no valor
principal, prazo de até dez anos para pagar, taxas de juros
diferenciadas - variando de 0,5% ao ano (a.a.) para os agricultores
familiares das faixas A e B (de menor renda, menos de um salário mínimo
por mês), 1% a 2% a.a. para os outros integrantes do Pronaf (Programa
Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar), a 3% a.a. para os
demais produtores -, além de carência de até três anos para começar a
pagar, a fim de que eles possam recuperar a sua capacidade produtiva
para quitar suas dívidas”, ressaltou.
Outro
ponto importante, destacado pelo presidente do BNB, que estava
acompanhado do superintendente de Reestruturação de Ativos, Romildo
Carneiro Rolim, e do diretor Financeiro e de Mercado de Capitais,
Fernando Passos, é que este dinheiro que está sendo recuperado serve
para disponibilizar novas e maiores linhas de crédito para eles próprios
e outros produtores rurais. “É importante destacar que estes recursos
recuperados retroalimentam o crédito.
Por
isso, este trabalho é importante, porque além de regularizar sua
situação, ainda joga mais recursos para a gente aplicar para eles mesmos
e outros produtores”, afirmou Nelson de Souza. Além das agências do
BNB, os produtores que estiverem inadimplentes ainda pode entrar em
contato com a Central de Relacionamento com o Cliente e Informação ao
Cidadão, através do telefone 0800-728-3030, que é gratuito.
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