É preciso credibilidade para fotografar e postar o dia em que a Bica do Ipu secou
Este blog foi criado por insistência de parceiros, gente consciente de que se poderia avançar além da coluna de papel, sob abrigo do carinho e do sentimento de liberdade que norteia o alto comando do Jornal O Estado. Muita coisa que poderia ser dita ficava de fora porque jornal não é de elástico, que estica e encolhe. Tem medidas certas, números de linhas, tamanhos de caracteres, hora de chegada e hora de saída. Isso nos levou a capitular diante da cobrança de leitores e de conversadores sobre a vida e o mundo. E fomos levando a tal ponto em banho-maria até a explosão. Mas quem arma isso que não entendo dessas coisas de internet. A filha de um dos comensais à mesa do noticiário criou e ensinou a primeira versão do blog que no primeiro instante não fez barulho, o que seria inconcebível ocorrer. Um blog não é uma arma que se dispara e a bala sai. Um blog, entendo agora, é uma planta que nasce da semente ou do galho , o que é este caso, que se põe no solo fértil das verdades, quando principalmente se trata de jornalismo.
Taí. Deu no que está dando. Todo dia uma surpresa. Todo dia uma alegria. Todo dia uma pequena frustração pelo não entendido, o que já deveria ser normal numa sociedade de pensamentos tão díspares e ideias que se formam nas opiniões alheias. A surpresa pelo número de seguidores que cresce dia-a-dia. A alegria pela consolidação da crença no que postamos. A frustração quando olhamos à volta e vemos paixões exasperadas sendo promovidas por outros , parceiros que não entenderam bem a razão da criação e da existência desse moderno meio de comunicação a que hoje chamamos de mídias sociais ou coisa parecida. Opinião, cada um tem a sua o que é um direito e quase sempre um dever. Isso defenderei sempre.
Só que opinião não nos dá o direito de agredir pessoas, vilipendia-las, enegrecer suas virtudes e explicitar com invenção coisas que os outros, que nem se conhece bem, não fizeram. São as mentiras do santo dia de cada um. Histórias contadas eivadas de cavilações, seja no blog, seja no botequim onde pra se ser engraçado se inventam situações que acabam ficando embaraçosas para os personagens centrais. Isso quando não vai pelos blogs, vai pela cultura oral da mesquinharia, da má formação ética e moral dos que têm alguns instrumentos em mãos ou acesso a pessoas que dão ouvidos e credibilidade a pessoinhas que saem de seus guetos mas seus guetos não saem delas.
Isso é triste. Muito triste. Mas é a opinião, mesmo que fora da verdade, defendo seja ofertada. Quem escuta, lê, vê...que acredite. Como diz um observador da cena...tatu que acompanha cobra acaba caindo em buraco errado.
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