PSD cobra espaço e "nega" apoio automático
O resultado da “consulta” não foi divulgado para a imprensa e deve ser anunciado durante encontro das lideranças da legenda com a direção do Pros.
Apesar de ter nascido no Ceará com as bênçãos do governador Cid Gomes, a legenda diz que o apoio ao Pros ainda depende de uma articulação para garantir a presença de um nome do PSD na composição da chapa majoritária, onde estão em disputa os cargos de governador, vice-governador e senador. Caso não participe de nenhuma das vagas da coligação, haverá necessidade de manter contato com o partido em nível nacional para uma negociação, segundo explica o presidente do PSD no Ceará, Almircy Pinto.
“Não existe, no momento, uma aliança automática porque a Direção Nacional do partido tomou uma resolução encaminhada pelo presidente nacional Gilberto Kassab, que se baseia na representatividade eleitoral da Agremiação. O PSD, nacionalmente, é a 3ª maior bancada na Câmara Federal e somos o 3º maior em tempo na televisão e rádio. É um partido grande e tem se feito maior ainda. Em função disso, o presidente reuniu-se com a executiva nacional do partido e fez uma resolução em que condiciona ao PSD a se coligar apenas quando se tem uma participação majoritária. Num caso deste, nós como diretório estadual não temos problema, estamos autorizados a fazer a coligação nesses termos. Mas, se não for dada ao partido nenhuma dessas três posições, a estadual necessita de uma autorização prévia da federal. Essa carta de autorização tem que constar da convenção da coligação. Expectativa é que a gente tenha um entendimento de coligação com o Pros”, explica.
O deputado estadual Osmar Baquit defende a aliança com o Pros, sobretudo, na eleição proporcional, para deputados estaduais e federais. “Fundamentalmente eu defendo que o PSD esteja aliado ao Pros numa coligação não só majoritária, mas proporcional. Nós vamos defender que o Pros, o PSD, PT, PHS, PP, e PTD, todos, estejam em uma coligação proporcional porque possibilita um maior número de deputados eleitos dentro dessa coligação. Hoje, estamos defendendo esse bloco total, tanto na majoritária quanto na proporcional.”
Quanto aos prováveis candidatos ao Governo e os nomes que serão apoiados pelo partido, o deputado não esconde sua preferência. “Vários setores aqui defendem um candidato. Cada um tem seu candidato. É tanto que temos uma urna, hoje aqui, que é para que cada um diga sua preferência. A minha preferência é pelo candidato Zezinho Albuquerque. Não gosto de esconder minhas preferências. Esconder dá ideia de enganar, e a minha preferencia é essa”, contou.
Já o presidente estadual do partido, Almicyr Pinto, não quis anunciar sua preferência para o pleito de Governo do Estado. “Pessoalmente eu não tenho preferência a nenhum candidato. Pedimos para fazer uma consulta por escrito para ver o que o corpo do partido quer. No dia de concretizada nossa aliança com o Pros, que eu espero que assim seja, nós vamos ser ouvidos sobre qual o nome que eles resolverem hoje”.
O partido não divulgou o nome do mais votado na “consulta”. “Ninguém definiu porque ainda temos que avaliar se os participantes presentes na reunião eram, de fato, representativos. Vamos apurar entre os participantes”, disse.
CONVENÇÃO
O PSD ainda não definiu data para a convenção do partido, porém, o presidente do partido disse que irá propor o dia 28 de junho para a reunião. De acordo com o secretário geral do Partido, Fernando Albuquerque, tudo indica que a data é o dia 28. “Falta definir a coligação. Depois disso, a data é marcada”, disse.
Sobre as metas do partido, o presidente do partido foi objetivo. “A nossa meta principal é aumentar o número de deputados federais, manter a bancada de deputados estaduais e ver como vamos fazer com a parte majoritária da coligação”.
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