Se "quebrar" é bom chamar a "chibata".


Movimentos fazem ato contra a Copa do Mundo no Brasil
Mais de 12 mil pessoas confirmaram presença, pelas redes sociais, nas manifestações que ocorrerão hoje, em pelo menos sete cidades-sede da Copa do Mundo, além de Vitória, no Espírito Santo e, inclusive, Santiago, no Chile. O Dia Internacional de Lutas contra a Copa, 15M, como foi chamado, reunirá movimentos sociais, organizações civis, partidos políticos, pessoas atingidas por grandes obras e ativistas. Com o mote “Copa sem povo: tô na rua de novo”, os manifestantes pretendem ocupar as ruas, como ocorreu, em junho do ano passado, quando uma série de manifestações mobilizou milhares de brasileiros durante a Copa das Confederações.
Integrante do Comitê Popular da Copa do Distrito Federal, Thiago Ávila explica que o dia marcará o início das manifestações programadas para ocorrer “até o último dia da Copa”. Para ele, será o momento de afirmar que “Precisamos de um projeto alternativo de sociedade, com menos desigualdade”. Desta vez, os organizadores pretendem tornar mais claras as reivindicações, aproveitando também a projeção midiática da Copa do Mundo para denunciar o que a Articulação Nacional dos Comitês Populares da Copa (Ancop) aponta como violações dos direitos humanos decorrentes da realização do Mundial.
Militarização
“A Copa trouxe para São Paulo mais militarização e privatização dos espaços públicos. A cidade tem 100 mil trabalhadores ambulantes que serão impedidos de trabalhar na Copa. Se fosse um evento para a população, eles poderiam trabalhar”, diz a integrante do comitê de São Paulo e da Ancop, Vanessa dos Santos.
O 15M tem 11 pautas. Entre elas, o arquivamento dos projetos de lei que tipificam crime de terrorismo ou amplia penas para danos causados durante manifestações. Os atos também cobram a desmilitarização das polícias, pensão vitalícia para as famílias dos nove operários mortos trabalhando na construção de estádios da Copa e para os incapacitados em acidentes de trabalho, bem como a responsabilização das construtoras.

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