PP libera alianças estaduais, mas fica com Dilma
Governista
em Brasília e oposicionista em Estados como Minas Gerais e Rio Grande
do Sul, o PP decidiu liberar seus diretórios estaduais. Mas não cogita,
por ora, abandonar a coligação de Dilma Rousseff. Em privado, o senador
Ciro Nogueira (PI), presidente nacional da legenda, diz que o PP manterá
o apoio a Dilma no plano federal a despeito do declínio dela nas
pesquisas eleitorais.
A liberação das alianças estaduais, hoje informal, ganhará a formalidade de um documento escrito. Assim, filiados como a senadora Ana Amélia, que lidera as pesquisas para o governo do Rio Grande do Sul, poderão abrir seus palanques para o presidenciável tucano Aécio Neves sem constrangimentos. O PP tenta desalojar do Executivo gaúcho o governador Tarso Genro, do PT.
Em Minas, a aliança do PP com Aécio é ainda mais sólida. Presidente do Conselho Político do partido, Alberto Pinto Coelho assumiu o governo do Estado no mês passado. Ele era vice do tucano Antonio Anastasia, que deixou a poltrona de governador para auxiliar na coordenação da campanha de Aécio e disputar uma cadeira no Senado.
O PP é simpático a Aécio também no Rio de Janeiro. Ali, comanda a legenda o senador Francisco Donelles. Primo de Aécio, Dornelles presidia o PP federal na sucessão de 2010. Naquela época, não conseguiu levar o partido para a coligação tucana do então presidenciável José Serra. Mas aprovou em convenção a tese da “neutralidade”, impedindo que o PP entregasse o seu tempo de propaganda no rádio e na tevê à então candidata Dilma.
A novidade de 2014 é que o PP planeja evoluir da “neutralidade” para o apoio formal a Dilma. Caminha nessa direção porque, na definição de um de seus dirigentes, “o partido vive hoje o melhor momento de sua relação com a presidente”. Na última reforma ministerial, o PP manteve sob seus domínios a pasta das Cidades, que era cobiçada por PMDB e PT. E ainda ganhou de Dilma posições como o comando da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf).
A Chesf é uma subsidiária da Eletrobras. Pende do organograma do Ministério de Minas e Energia, um antigo feudo do PMDB do Senado. Gestor da pasta, o ministro Edison Lobão, homem do senador José Sarney, tentou levar o pé à porta. Mas Dilma deu de ombros. O PP prevaleceu sob elogios da presidente, que enxergou nas indicações da legenda opções mais “técnicas” do que as do PMDB.
Partido de porte médio, dono de uma bancada de cinco senadores e 40 deputados, o PP toma distância do movimento ‘Volta, Lula’, abertamente encampado na semana passada pela bancada federal do também governista PR. Avalia que Dilma será ratificada como candidata do PT na convenção de junho.
Em suas análises internas, a cúpula do PP não ignora que a reeleição de Dilma está sob ameaça. Mas escora a decisão de manter o apoio a ela num cotejo de hipóteses. Na melhor das hipóteses, Dilma se reelege. E o PP terá sua fidelidade premiada. Na pior das hipóteses, Dilma perde a eleição para Aécio ou Eduardo Campos. E o PP acredita que nenhum dos dois poderá prescindir do seu apoio congressual. Ciro Nogueira, a propósito, é amigo de ambos.
Feitas as ponderações, os dirigentes do PP, Ciro à frente, concluíram que o rompimento com Dilma, seria um mau negócio político. De cara, a legenda teria de desembarcar imediatamente da pasta das Cidades, vista por todos os sócios do condomínio governista como uma máquina de fazer votos.
A liberação das alianças estaduais, hoje informal, ganhará a formalidade de um documento escrito. Assim, filiados como a senadora Ana Amélia, que lidera as pesquisas para o governo do Rio Grande do Sul, poderão abrir seus palanques para o presidenciável tucano Aécio Neves sem constrangimentos. O PP tenta desalojar do Executivo gaúcho o governador Tarso Genro, do PT.
Em Minas, a aliança do PP com Aécio é ainda mais sólida. Presidente do Conselho Político do partido, Alberto Pinto Coelho assumiu o governo do Estado no mês passado. Ele era vice do tucano Antonio Anastasia, que deixou a poltrona de governador para auxiliar na coordenação da campanha de Aécio e disputar uma cadeira no Senado.
O PP é simpático a Aécio também no Rio de Janeiro. Ali, comanda a legenda o senador Francisco Donelles. Primo de Aécio, Dornelles presidia o PP federal na sucessão de 2010. Naquela época, não conseguiu levar o partido para a coligação tucana do então presidenciável José Serra. Mas aprovou em convenção a tese da “neutralidade”, impedindo que o PP entregasse o seu tempo de propaganda no rádio e na tevê à então candidata Dilma.
A novidade de 2014 é que o PP planeja evoluir da “neutralidade” para o apoio formal a Dilma. Caminha nessa direção porque, na definição de um de seus dirigentes, “o partido vive hoje o melhor momento de sua relação com a presidente”. Na última reforma ministerial, o PP manteve sob seus domínios a pasta das Cidades, que era cobiçada por PMDB e PT. E ainda ganhou de Dilma posições como o comando da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf).
A Chesf é uma subsidiária da Eletrobras. Pende do organograma do Ministério de Minas e Energia, um antigo feudo do PMDB do Senado. Gestor da pasta, o ministro Edison Lobão, homem do senador José Sarney, tentou levar o pé à porta. Mas Dilma deu de ombros. O PP prevaleceu sob elogios da presidente, que enxergou nas indicações da legenda opções mais “técnicas” do que as do PMDB.
Partido de porte médio, dono de uma bancada de cinco senadores e 40 deputados, o PP toma distância do movimento ‘Volta, Lula’, abertamente encampado na semana passada pela bancada federal do também governista PR. Avalia que Dilma será ratificada como candidata do PT na convenção de junho.
Em suas análises internas, a cúpula do PP não ignora que a reeleição de Dilma está sob ameaça. Mas escora a decisão de manter o apoio a ela num cotejo de hipóteses. Na melhor das hipóteses, Dilma se reelege. E o PP terá sua fidelidade premiada. Na pior das hipóteses, Dilma perde a eleição para Aécio ou Eduardo Campos. E o PP acredita que nenhum dos dois poderá prescindir do seu apoio congressual. Ciro Nogueira, a propósito, é amigo de ambos.
Feitas as ponderações, os dirigentes do PP, Ciro à frente, concluíram que o rompimento com Dilma, seria um mau negócio político. De cara, a legenda teria de desembarcar imediatamente da pasta das Cidades, vista por todos os sócios do condomínio governista como uma máquina de fazer votos.
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