A volta do cipó de aroeira no lombo...


Assembleia aprova moção de repúdio contra Capitão Wagner
O plenário da Assembleia Legislativa aprovou uma moção de repúdio ao vereador Capitão Wagner (PR). O motivo foi a crítica feita pelo parlamentar contra à Casa, no momento em que respondia ao secretário de Saúde do Estado, Ciro Gomes, que voltou a acusá-lo de ligação com uma “milícia” dentro da Polícia Militar (PM). Ao rebater a acusação,  Wagner disse: “caso não tivéssemos uma Assembleia Legislativa tão submissa, Ciro estaria na Papuda”. O assunto mobilizou grande parte dos deputados no final de sessão de ontem do parlamento estadual.
De autoria do deputado Tin Gomes (PHS) , a nota aprovada pela AL diz tratar-se de uma acusação “maldosa” e “descabida”. Tin Gomes lembrou que a declaração está na página pessoal do vereador no Facebook, sendo acessada por milhares de pessoas, e, portanto, compromete a imagem do Poder Legislativo. “Não podia deixar isso sem resposta”, disse ele, ao justificar a propositura do requerimento. Ao criticar a fala de Wagner, o deputado chegou a afirmar que é “submisso com orgulho” ao governo Cid, porém, segundo ele, essa postura não é compartilhada pela Assembleia.
Entrando no debate, o deputado Osmar Baquit (PSD) cobrou ações mais contundentes da Secretaria de Segurança Pública (SSPDS). “Isso é grave e a Secretaria de Segurança precisa processar ele”, pontuou, em referência a acusação do vereador que alega ter sua privacidade violada por uma escuta atribuída, por ele, ao governo do Ceará. Para Baquit, hoje, Wagner é o maior incentivador da violência no Ceará. O deputado chamou o vereador de “pilantra”, “frouxo” e “irresponsável”, afirmando que o Capitão teria distribuído dinheiro para fazer “bagunça” durante movimento da PM, no ano passado. Já o deputado Fernando Hugo (SDD) requisitou tratamento psicológico para o vereador.
Respeito
Já o presidente da Casa, deputado José Albuquerque (Pros), solicitou respeito e disse que “não é qualquer cidadão que vai jogar essa Casa contra população, ou deputados contra deputados. Se nós não nos respeitarmos, quem irá nos respeitar? Vamos fazer tudo que estiver dentro da lei, para que essa situação não se repita”.
Defesa
O deputado Roberto Mesquita (PV) rebateu as críticas contra o vereador do PR ao alegar que o requerimento politiza uma discussão pessoal entre Ciro Gomes e Capitão Wagner. Mesquita lembrou que, no ano passado, tentou esclarecer as denúncias sobre a existência de uma “milícia” dentro da Polícia Militar, contudo, a AL não endossou o pedido, resaltando que outros casos de espionagem já foram levantados contra o Governo e, até o momento, nenhum esclarecimento foi feito. As deputadas Eliane Novais (PSB) e Fernanda Pessoa (PR) lamentaram a atenção dispensada ao assunto pela Assembleia, tecendo críticas a postura de Ciro Gomes.
Câmara
Na Câmara Municipal, Capitão Wagner discursou e manteve a denúncia , criticando a postura de alguns deputados. Segundo ele, os parlamentares tentam “tirar o foco” do atual problema da Segurança do Estado.
Relembre o caso
Na última terça-feira, Ciro Gomes e Capitão Wagner trocaram acusações pelas redes sociais.  Em sua página pessoal no Facebook, Ciro voltou a acusar o vereador de ter envolvimento com milícias na Polícia Militar. Em resposta, Wagner disse que, “caso não tivéssemos uma Assembleia Legislativa tão submissa, Ciro estaria preso na Papuda”, além de tecer críticas ao irmão do governador Cid Gomes. Na sequência, Ciro repetiu as críticas e prometeu processar Capitão Wagner.

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