Chegou a hora
Quando estava na FIFA, em
Zurique, na Suiça, depois de 7 horas pra Lisboa, três de aeroporto e mais 3 pra
terra do relógio, ficava imaginando como seria a Copa do Mundo se o Brasil
fosse o escolhido. Olhava Lula, Cid, Dudu, Eduardo Paes, Rosalba e conversei
com Paulo Coelho e Romário. Falei com Blatter e com Ricardo Teixeira. Havia uma
tensão no ar. Os americanos, puxados por Obama queriam a Copa, nós, também. Ao
anúncio de Brasil deu euforia. Só eu e Cid Gomes, que me daria uma entrevista
exclusiva à margem direita do Limat, o rio que corta Zurique,éramos cearenses.
Cid falava à época sobre sermos uma das sedes e falava com entusiasmo. Aí,
tempos depois e aí já não estava mais sozinho,(os concorrentes mandaram seus
repórteres) fui às Bahamas para o anuncio das cidades sedes. Estávamos dentro.
Dizem que, por causa da disputa eleitoral, o dr.Tasso soube que Fortaleza
estava dentro antes que soubesse o Governador Cid Gomes. Pura frescura de rabo,
ou de cabo, eleitoral. Aí já não estavam tantas estrelas porque havia a
obviedade do quem pode, quem não pode.
Na noite anterior havia um aguaceiro que inundou as Bahamas com sua imensa
pobreza cercando um dos hotéis-cassino mais luxuosos do mundo. Parte dessa
noite, Paulo Cesar Norões e eu, comentamos um boteja de cão engarrafado sobre
como seria a vida aqui antes, durante e depois da Copa do Mundo. Agora, tantos
anos depois daquela primeira ida à Suiça, estou diante da Copa do Mundo no
Brasil, em Fortaleza. O que foi prometido, foi cumprido? Grande parte, sim. O
que ficou de ser está a caminho. A cidade está pronta? Quase. E não ficaria nem
que fosse a simpática Steffa, na beira do lago de Zurique. O povo? Sim, o povo
tá na Copa? Ah, isso tá. Na periferia, na pobreza, na classe média e no meio
dos riquinhos está tudo combinado. Telões nos restaurantes famosos. Telões nos
botequins de bairros. Telões nas casas chiques e uma fan fest(fan fest o
cacete!) pro canelau no aterro de Iracema. Faltando o quê? Polícia na rua pra deixar a patuleia jogar
pra fora seus direito de gritar gol do Brasil. O resto...bem, o resto depois a
gente vê, a gente cobra. E tem mais: se o patrão mandasse eu iria cobrir essa
copa em Buenos Aires pra ver a cara dos argentinos...ce sabe.
A frase: “...na política, tem três tipos de gente: tem gente que está na
política do poder pelo poder. Tem o tipo de gente que tá na política pra se
servir e tem gente que tá na política para servir. Eu me enquadro nesse
terceiro time e, repito, não visto carapuça”. Cid Gomes, governador do
Ceará. Na testa!
Amigo é
pra acudir outro
Ora,ora,ora!!!
A Fifa
liberou a venda de tapioca na Arena Pernambuco durante a Copa. Por iniciativa
da Secretaria Extraordinária da Copa de 2014 em Pernambuco, a entidade
autorizou a venda da iguaria mais típica da gastronomia nordestina.
Brochante
Apareceu
pela aí uma batida chamada kriptonita. A kryptonita brocha. Afinal, é o
único “mineral” que tem o efeito de enfraquecer o Super-Homem.
Vereda
tropical
Estrangeiros
que chegam para a Copa topam com autêntica jabuticaba brasileira: as singulares
tomadas de três pinos, que impedem o carregamento de celulares e laptops. E
saem à caça de adaptadores.
Besteira
Este
humilde repórter que anda por meio mundo e ainda não uma banda da lua, há anos
carrega adaptadores para tudo quanto é lugar.O atual é um trambolho multi uso
que tem adaptadores para todas as tomadas do mundo. O Ciro tem um igualzim.
Demagogia
vira elogio
Feijãozinho do
Bené é um copo sujo que marcou época nos anos 80. Fica na república livre – e
esculhambada – do Henrique Jorge. O brilhante deputado federal Edison Silva
adorava andar lá. Se tinha plateia era com ele mesmo. Um dia, deitou falação
contando causos e vantagens. A seu lado, em pé,o bebim Dedé Capote escutava
embevecido. Edison falando e Dedé encantado. Pronto para um elogio, tão logo
nosso Panelada fizesse uma pausa para respirar. Eis que...Edison para e Capote
não perde oportunidade do elogio; bateu no ombro do falante e... “ – Taí
deputado; gostei muito da sua demagogia!”.
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