Haja cachaça e invasão de canteiros de obras


Com manifestação, trabalhadores da construção civil entram em greve

Trabalhadores da construção civil iniciaram, na manhã de ontem, 23, greve da categoria em Fortaleza, Maracanaú, Caucaia e Aquiraz. A decisão foi deflagrada durante manifestação dos trabalhadores, realizada no cruzamento das avenidas da Abolição e Barão de Studart, no Meireles.
De acordo com o coordenador geral do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção Civil da Região Metropolitana de Fortaleza (STICCRMF), Nestor Bezerra, a categoria reivindica 15% de reajuste salarial, cesta básica de R$150, plano de saúde, hora extra no trabalho ao sábado de 100%, auxílio-creche e 5% de mulheres nos canteiros de obras.
PROPOSTA
A greve, por tempo indeterminado, foi aprovada por uma assembleia geral da categoria realizada no dia 11 de junho. Os operários rejeitam a proposta de 7,5% de reajuste salarial, assim como a ausência de uma proposta sobre o plano de saúde, tendo em vista os recorrentes acidentes e mortes nos locais de trabalho. “São coisas básicas para os trabalhadores. Estamos disponíveis para negociar, mas o Sinduscon até o momento não nos procurou. Infelizmente, com a postura do Sinduscon, não tem como trabalharmos”. Segundo Nestor, hoje haverá novas passeatas no intuito de reivindicar melhorias e mostrar a sociedade os problemas dos trabalhadores da construção civil. O local será definido nesta manhã.
Em nota, “o Sinduscon-CE lamenta que o STICCRMF tenha abandonado a mesa de negociações e optado por manifestações públicas que causam transtornos à mobilidade urbana, chegando a registrar episódios de violência em algumas áreas”. Informou, ainda, que o Sinduscon continua aberto ao diálogo. “As negociações chegaram a um impasse imposto pelo Sindicato dos Trabalhadores, que só aceita negociar a partir da pauta de implantação de plano de saúde, que representaria, além do aumento de custos no setor, uma série de outras implicações na área legal e de gestão de pessoas dentro das empresas. O Sindicato dos Trabalhadores também insiste em manter na pauta reivindicações como a criação de estacionamento nos canteiros de obra e auxílio combustível para veículos e outros benefícios, que somados, chegam a representar mais de 50% de reajustes. As empresas da construção civil apresentam propostas de aumento real, com 7,84% de reajuste no piso, além de outros benefícios”. (Camila Vasconcelos)

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