Durante o primeiro expediente de sessão plenária, a deputada Mirian Sobreira (Pros) questionou o
decreto da presidente Dilma que limitou o programa Nacional de Habitação Rural
(PNHR) a quilombolas, indígenas, pescadores e assentados do Incra. A meta do
programa entre 2011 e 2014 é construir 60 mil casas no campo. “Essas casas
evitam o êxodo rural e dão condições dignas de moradias, o programa trouxe
esperança ao agricultor que agora fica de fora”, frisou.
Temos um déficit de habitação rural de quase 100
mil unidades segundo a parlamentar. Mirian Sobreira anunciou que seis mil
projetos estavam encaminhados junto a Caixa Econômica Federal (CEF), mais de
três mil só na região do Cariri. “Eu estive na superintendência da Caixa em
Juazeiro do Norte para saber por que os projetos ainda não foram encaminhados e
soubemos do decreto da presidente que não permite ao nosso pequeno agricultor
conseguir a sua casa”, afirmou.
A deputada anunciou que dos seis mil projetos
cearenses apresentados a CEF apenas 300 atendem as exigências do decreto. “O
PNHR criou muita expectativa no homem do campo, principalmente agora com essa
estiagem. Esperança que está desaparecendo. Temos muitas famílias sob o mesmo
teto, filhos que casam e continuam na casa dos pais por que não tem moradia digna”,
criticou.
A parlamentar solicitou apoio da Casa e afirmou que
vai pedir apoio em Brasília para que o decreto seja revogado. “Espero apoio
desta Casa, estou fazendo um requerimento para que a bancada cearense se una
neste caso. Não podemos prejudicar o Ceará”, ressaltou.
A deputada ainda citou a importância da Copa do
Mundo no Brasil e da festa em Fortaleza e se solidarizou com a presidente
Dilma. “A manifestação contrária a Dilma não vai nos enfraquecer, não
precisamos da imagem de um povo mal educado e precisamos é de mais mulheres na
política. Isso não enfraquece nossa luta”, disse ela.
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