Cachaça
disputa título de melhor destilado do mundo com vodca, uísque e rum
Florianópolis é sede de concurso
mundial de destilados8 fotos
A cachaça
brasileira vai disputar o concurso de melhor destilado do mundo com vodcas,
uísques, tequilas, conhaques, runs, piscos (aguardentes de uva, peruanas e
chilenas), grappas ( também de uva, italianas) e sojus (de arroz, coreanas). O
evento é em Florianópolis, entre sexta-feira (6) e domingo (8), mas não é
aberto ao público. O teste dos jurados é cego, com o rótulo tapado (foto).
Clique nas imagens acima e veja mais sobre o concurso e algumas cachaças Divulgação
É praticamente uma Copa do Mundo das bebidas destiladas.
A cachaça brasileira vai disputar o título de melhor destilado num campeonato
internacional com vodcas, uísques, tequilas, conhaques, runs, piscos
(aguardentes de uva, peruanas e chilenas), grappas ( também de uva, italianas)
e sojus (de arroz, coreanas).
Que
bebida alcoólica você prefere?
A disputa vai ser no 15º Spirits Selection, que vai
desta sexta-feira (6) a domingo (8) em Florianópolis (SC). Participam mais de
200 rótulos de cachaça entre 720 marcas de destilados de 40 países.
O evento, que não é aberto ao público, é
realizado geralmente na Europa. Veio ao Brasil pela primeira vez por causa da
Copa do Mundo e da popularização da cachaça fora do país.
As bebidas serão analisadas por 55 jurados de 35
países, entre os quais Brasil, Alemanha, França, China e Peru. Serão testes
cegos, com rótulos tampados.
Vencedor pode exportar para
Europa
Os vencedores ganham medalhas de excelência e
contratos de distribuição das marcas com redes de supermercados europeias.
Segundo Zoraida Loreto, diretora da Market Press,
organizadora do evento no Brasil, a Copa do Mundo trouxe mais visibilidade ao
país, o que fez diferença na hora de ser escolhida a sede. No ano passado, o
concurso foi em Taiwan, na primeira vez em que foi realizado fora da Europa.
"O concurso atrai compradores de grandes redes
de supermercados do mundo que compram as bebidas porque sabem que os europeus
preferem produtos certificados", diz.
Pequenos produtores esperam mais
vendas e visibilidade
Cem pequenos produtores, a maioria vinda de Minas
Gerais, inscreveram-se no concurso com ajuda do Sebrae (Serviço de Apoio às
Micro e Pequenas Empresas), que pagou a inscrição de 180 euros de cada um.
Segundo Enio Queijada Souza, gerente de
Agronegócios do Sebrae Nacional, o objetivo da participação é dar mais
visibilidade aos microempresários do setor.
"A cachaça brasileira vem melhorando a
qualidade, o sabor e a penetração nos mercados de restaurantes e de alta
gastronomia, o que é muito bom para o aumento do lucro dos pequenos
produtores".
A cachaça Salinas, de Minas Gerais, vai concorrer
com sua garrafa mais antiga, a Salinas Tradicional, de 28 anos, que custa em
torno de R$ 25.
A bebida é envelhecida em barris de bálsamo, e tem
sabor amadeirado. Segundo Jolimar Scardua, analista de marketing da
empresa, é a primeira vez que o alambique participa de um concurso
internacional.
"Um concurso como esse acontecer no Brasil é
mais um motivo para ficarmos esperançosos com a premiação. A cachaça é o
produto do momento porque está mudando a ideia sobre quem consome. Mulheres
estão consumindo, e as pessoas estão aprendendo a degustar", diz Scardua.
A cachaça Pedra Branca, de Paraty (RJ), vai
participar do concurso pela primeira vez com os rótulos de cachaças prata e
ouro.
A cachaça prata é envelhecida por um ano em tonéis
de amendoim, uma madeira típica brasileira, que nada tem a ver com o grão, que
confere sabor leve à bebida. A garrafa custa na faixa de R$ 35.
Já a versão ouro é envelhecida um ano e meio em
tonéis de carvalho francês, que imprimem um sabor mais amadeirado à cachaça. A
garrafa custa, em média, R$ 45.
"Ter uma avaliação feita por uma banca
internacional de degustadores profissionais pode projetar seu nome para outras
freguesias. Se ganharmos algum prêmio, será importante para a divulgação porque
abre portas para outros mercados", disse Lúcio Gama, proprietário do
alambique que produziu 20 mil litros de cachaça no ano passado.
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O que vier, "morre".
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