Ciro Gomes ataca opositores de Dilma
O ex-correligionário do pré-candidato à Presidência Eduardo Campos (PSB), chegou a reverberar que o discurso de Marina é “simpatiquinho”, porém “mentiroso”. “Tenho pavor de ver a superficialidade irresponsável com que a Marina trata todos os assuntos do Brasil”, discursou, complementando que, “diante de uma admiração de importante pedaço da sociedade brasileira, os artistas, os intelectuais, a Marina desconsidera que o agronegócio brasileiro paga a conta do nosso país. Tenho nojo desse tipo de discurso, que é simpatiquinho, mas é mentira”.
Ligada à área ambiental, Marina é vista por setores do agronegócio como adversária de seus interesses. A convenção do Pros está sendo realizada no auditório Petrônio Portela, no Senado.
Ao abrir a convenção do PROS, partido criado recentemente para o qual ele se filiou após deixar o PSB, Ciro ratificou o apoio do partido à candidatura da presidente Dilma Rousseff, mas chamou atenção sobre as mudanças no rumo da economia brasileira.
“AVENTURA PESSOAL”
Para a imprensa Ciro criticou a economia do país, mas disse que não apoia nem o modelo tucano, nem “as aventuras pessoais” de Eduardo Campos. “A economia brasileira está parada. Em 2003, o Brasil fez uma renúncia fiscal de R$ 82 bilhões e a economia estava menos ruim do que neste ano. A renúncia concentrou-se em três oligopólios. Este ano, com a economia afundando, o Ministério da Fazenda administra um agravante. Eu nunca vi aumentar juros e fazer arrocho com a economia afundando. Temos massiva cessação de investimentos privados no Brasil, porque não oferece segurança, o rumo está errado. Evidente que não é voltar ao modelo tucano, que nos entregou o país com o salário-mínimo valendo US$ 76 e fez privatizações a preço de banana. Nem muito menos aventuras pessoais do Eduardo Campos, que até ontem estava com a gente. Estou seguro que o melhor caminho é por aqui (apoiar Dilma), mas quero mudanças e mudanças profundas da economia”, disse Ciro.
Questionado se defendia a mudança do ministro da Fazenda, Guido Mantega, ele afirmou que já deveria ter sido trocado. Ciro ainda falou sobre o irmão, que passou mal, na último dia 22, na convenção do PDT, em Fortaleza. “Ele está bem, mas precisa se cuidar. Anda trabalhando muito. Tem sofrido agressões injustas e acaba somatizando”, disse.
SAIBA MAIS
Com 94,5% dos votos a favor, o Pros declarou apoio a candidatura da presidente Dilma Rousseff. Com a adesão, o partido integrará coligação que deve ser composta por cerca de 10 legendas. Capitaneada pelos irmãos Ferreira Gomes, sigla deve contribuir com cerca de um minuto para o programa eleitoral de rádio e televisão. Até o momento, já oficializaram apoio PT, PMDB e o PDT. Hoje, deve ser a vez do PP e PSD. Na sexta-feira, está previsto o encontro do PCdoB no qual será declarada a adesão da legenda à reeleição petista.
Sobre a indicação ao Senado, Ciro Gomes negou que o Pros esteja articulando contra a candidatura do deputado José Nobre Guimarães (PT). Nos bastidores, a informações é de que partidos aliados de Cid estariam resistentes a indicação do petista, inclusive que estas legendas estariam preparando um documento solicitando a substituição do nome.
Faltando menos poucos dias para o prazo final das convenções, como é praxe, o Pros do Ceará ainda faz segredo sobre o nome que deverá receber seu apoio para ser o sucessor governador Cid Gomes (Pros). (com informações das Agências)
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