Joaquim Barbosa não sairá do STF, ele terá alta
Josias de Souza
Ter
razão é fácil. Perceber que os outros a têm, eis o mais difícil. Com
razão, Joaquim Barbosa foi rigoroso no julgamento do mensalão e
implacável na execução das penas dos condenados. Sem razão, escorraçou
do plenário do tribunal, nesta quarta-feira, Luiz Fernando Pacheco,
advogado do mensaleiro condenado José Genoino.
Da tribuna do Supremo, o doutor pediu a palavra. Atendido, formulou uma questão de ordem. Queria que fosse pautado o julgamento de petição na qual pede que seu cliente seja devolvido à prisão domiciliar. Invocou um princípio segundo o qual questões penais, envolvendo réus presos, têm precedência sobre outros casos. A Barbosa cabia deferir ou indeferir. Porém…
Incomodado com a eloquência do defensor de Genoino, Barbosa preferiu cortar-lhe a palavra. Em procedimento inadequado, o doutor elevou o timbre. E o presidente do STF convocou a força dos seguranças para livrar-se do incômodo. Fez lembrar uma frase anotada por Vitor Hugo (1802-1885), no seu ‘Diário’: “A última razão dos reis é a bala de canhão.”
Apoiado pela OAB, Fernando Pacheco foi alvejado por um par de declarações divulgadas pela assessoria de Barbosa e atribuídas aos agentes que o retiraram do plenário. Numa, diz-se que o doutor estava “visivelmente bêbado”. Noutra, sustenta-se que o advogado de Genoino soou ameaçador do lado de fora do tribunal. Teria declarado que, “se tivesse um revólver, daria um tiro na cara” do ministro. Se foi assim, em vez de divulgar uma nota, o gabinete de Barbosa deveria ter chamado a polícia.
O ministro Joaquim Barbosa escreveu uma página memorável da história do judiciário. Fez isso com tanta paixão que julgou necessário pedir aposentadoria. Em novembro, retornaria ao plenário depois de entregar a poltrona de presidente ao desafeto Ricardo Lewandowski. Nessas condições, o STF viraria para Barbosa um uma espécie de centro terapêutico cujas terapias grupais teriam o formato de esquizojulgamentos.
O episódio desta quarta-feira reforça a impressão de que relator do mensalão precisa mesmo livrar-se do Supremo Tribunal Federal. Joaquim Barbosa não vai sair da Corte Suprema. Ele terá alta. Se permanecesse no tribunal até 2024, como estava previsto, mergulharia numa regressão total. De efeitos insondáveis.
Da tribuna do Supremo, o doutor pediu a palavra. Atendido, formulou uma questão de ordem. Queria que fosse pautado o julgamento de petição na qual pede que seu cliente seja devolvido à prisão domiciliar. Invocou um princípio segundo o qual questões penais, envolvendo réus presos, têm precedência sobre outros casos. A Barbosa cabia deferir ou indeferir. Porém…
Incomodado com a eloquência do defensor de Genoino, Barbosa preferiu cortar-lhe a palavra. Em procedimento inadequado, o doutor elevou o timbre. E o presidente do STF convocou a força dos seguranças para livrar-se do incômodo. Fez lembrar uma frase anotada por Vitor Hugo (1802-1885), no seu ‘Diário’: “A última razão dos reis é a bala de canhão.”
Apoiado pela OAB, Fernando Pacheco foi alvejado por um par de declarações divulgadas pela assessoria de Barbosa e atribuídas aos agentes que o retiraram do plenário. Numa, diz-se que o doutor estava “visivelmente bêbado”. Noutra, sustenta-se que o advogado de Genoino soou ameaçador do lado de fora do tribunal. Teria declarado que, “se tivesse um revólver, daria um tiro na cara” do ministro. Se foi assim, em vez de divulgar uma nota, o gabinete de Barbosa deveria ter chamado a polícia.
O ministro Joaquim Barbosa escreveu uma página memorável da história do judiciário. Fez isso com tanta paixão que julgou necessário pedir aposentadoria. Em novembro, retornaria ao plenário depois de entregar a poltrona de presidente ao desafeto Ricardo Lewandowski. Nessas condições, o STF viraria para Barbosa um uma espécie de centro terapêutico cujas terapias grupais teriam o formato de esquizojulgamentos.
O episódio desta quarta-feira reforça a impressão de que relator do mensalão precisa mesmo livrar-se do Supremo Tribunal Federal. Joaquim Barbosa não vai sair da Corte Suprema. Ele terá alta. Se permanecesse no tribunal até 2024, como estava previsto, mergulharia numa regressão total. De efeitos insondáveis.
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