Torcedor atrevido paga multa quando deveria ter sido imediatamente deportado


Dois mexicanos são condenados por tumulto durante jogo do Brasil no CE

Torcedor bateu boca e jogou cerveja na cara de policial, diz documento.
Eles deverão pagar três salários mínimos cada, determinou juíza.

Do G1 CE
Castelão é 'invadido' por torcedores para o jogo Brasil e México (Foto: Diana Vasconcelos/G1)Tumulto ocorreu durante jogo Brasil e México no
Castelão (Foto: Diana Vasconcelos/G1)
Dois torcedores mexicanos foram condenados por causar tumulto e atrapalhar os torcedores durante o jogo Brasil e México na Arena Castelão, na terça-feira (17). Emilio Arroyo Garcia e Diego Alberto Hernandes Vazquez também foram autuados por desacato a delegado da Polícia Civil.
A juíza titular do Juizado do Torcedor e Grandes Eventos da Comarca de Fortaleza, Maria José Bentes Pinto, condenou os torcedores a pagar três salários mínimos cada pelos crimes. Segundo denúncia, um pediu para que ele ocupasse o setor correspondente ao estabelecido no ingresso.

"Rindo, o mexicano disse que não ia se retirar e em seguida atirou copo de cerveja no rosto do delegado. Os outros policiais intervieram, mas ele passou a agredi-los. As autoridades, então, o levaram para outro local do estádio. Nesse momento, Emilio Arroyo apareceu e tentou impedir que Diego fosse conduzido à delegacia. Ambos foram levados e, ao chegar no local, Emilio também agrediu verbalmente o delegado", relata os autos da determinação judicial.
Os torcedores foram levados em seguida ao Juizado do Torcedor. Por tratar-se de "crime de menor potencial ofensivo", a juíza Maria José Bentes Pinto condenou Emilio a pagar três salários mínimos, que terá a Santa Casa de Misericórdia de Fortaleza como beneficiada. Após a comprovação da transferência, será declarada extinta a punição do torcedor.
Por ter desacatado o delegado e resistido à prisão, Diego Alberto, foi denunciado pelo promotor de Justiça Francisco Xavier Barbosa Filho. O promotor propôs a suspensão do processo de punição por dois anos, sob a condição de que o acusado efetue o pagamento também de três salários mínimos, destinado ao Instituto do Câncer do Ceará.
O mexicano aceitou a proposta do Ministério Público do Ceará, por isso, a magistrada determinou que até a comprovação do depósito, Diego Alberto fique impedido de deixar a cidade. Além disso, durante o período de suspensão do processo, não deverá retornar ao Brasil e terá que se apresentar periodicamente perante autoridade judicial mexicana.

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