Demissão expõe crise entre Gaudencio e RC
Já faz parte da resenha política que, em Fortaleza, paira uma espécie de “maldição” em torno da figura do vice-prefeito, na medida em que os últimos políticos que ocuparam tal função perderam importância ou desapareceram do cenário político local, após “rompimento” ou “desentendimento” com o gestor municipal. Dizem até que “vice só é importante durante a pré-campanha, no período de definição do nome”. Outra espécie de “mantra” entre os políticos é o de que “um bom vice é aquele que, durante a campanha, não atrapalha e, durante o mandato, não aparece”.
O atual vice-prefeito afastava-se disso. Ele acompanhava o mandato de RC de perto, inclusive atuando como coordenador das Regionais buscando encontrar soluções concretas para as demandas da população. Nas poucas vezes em que falou sobre o futuro na gestão, Gaudencio, que participa ativamente da política, recentemente, dizia que não pretendia abandonar o cargo, nem mesmo deixar a disputa interferir. Discurso, até então, adotado por RC.
Agora, o discurso é outro. Ao falar sobre a demissão dos secretários indicados pelo PMDB, Roberto Cláudio deixou claro que os integrantes da legenda não têm espaço em sua administração. “O PMDB tomou uma decisão muito clara de afastamento do nosso projeto. Essa foi uma decisão unilateral do próprio PMDB de se afastar de um projeto que nós encaramos ser vencedor. Mas essa é uma decisão legítima e política. E essa decisão certamente que traz ônus. É uma decisão em que o PMDB decidiu caminhar só, contrário a nossa gestão municipal, inclusive, que é de apoio a essa grande aliança que nós construímos a pouco mais de oito anos. Enfim, é isso. Não tem muito o que falar”, concluiu o prefeito.
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