Exportações cearenses têm elevação de 38,6%

O Ceará conseguiu ficar na terceira colocação em exportações, no primeiro semestre deste ano, em comparação com semelhante período de 2013, com alta de 38,6% nas exportações totais. Já as exportações brasileiras, que caíram 0,2% em 2013, reduziram ainda mais nos primeiros seis meses de 2014 (Jan-Jun), 3,4% com relação ao primeiro semestre de 2013. E o desempenho cearense é ainda melhor, na comparação com as exportações da região Nordeste que haviam caído 8% em 2013, e reduziram novamente em 2,5% este ano, no período de janeiro a junho. Em 2013, as exportações caíram em quase todos as estados da região, menos os do Ceará e Pernambuco, situação que persiste agora, acrescendo-se o Piauí, pois tiveram aumento de 38,6%, 38,1% e 14,4%, respectivamente. Todos os outros tiveram redução nas exportações, tanto em 2013, quanto no primeiro semestre deste ano. A Bahia continua sendo o primeiro estado exportador do Nordeste, seguida do Maranhão, Ceará e Pernambuco.
As exportações totais do Ceará aumentaram 12,1% em 2013, com relação a 2012, tiveram aumento de 38,6% no primeiro semestre deste ano, frente ao mesmo período de 2013. Dos 18 principais produtos da exportação cearense, 12 apresentaram redução de janeiro a junho deste ano: frutas (15,4%), castanha de caju (12,8%) e LCC (27,1%), produtos têxteis (41,6%), sucos de frutas (20,2%), lagosta (27,8%), máquina e equipamentos elétricos (99,4%) e mecânicos (75,5%), confecções (24,9%), peixes (26,4%) e móveis (8%). Entre os seis produtos que tiveram aumento, destacam-se calçados (2,9%), couros e peles (17,9%), cera de carnaúba (11%), produtos minerais (46,3%), mel de abelhas (95,9%), produtos da floricultura (314%), e óleo combustível (3.097,4%). No primeiro semestre de 2014, o principal e tradicional setor de exportação do Estado, o calçadista voltou a crescer, tendo a terceira maior participação.
CURIOSIDADE
De acordo com Sérgio Baima, gerente de Mercado e Projeto Agrícolas da Agência de Desenvolvimento Econômico do Ceará (Adece), o elevado volume de óleo combustível foi o que salvou o volume de exportações cearenses, tanto no primeiro semestre deste ano quanto em semelhante período de 2013.
Entretanto, é bom ressaltar que ele tem uma característica diferenciada das exportações comuns. “Isso acontece porque este óleo combustível sai nos tanques das embarcações que realizam navegação de longo curso e que são produzidos pela Lubinor, aqui em Fortaleza. Ou seja, são consumidos pelos motores dos navios que seguem para os Estados Unidos, União Europeia ou outros países do mundo”, afirmou. Em valores, este aumento representou vendas de US$ 8,54 milhões nos seis primeiros meses de 2013, para US$ 273,1 mi, em igual período deste ano (valores em dólar FOB).
Ele disse, ainda, que os produtos como castanha de caju, frutas, extratos vegetais, lagosta e peixe – que sempre obtiveram bons resultados na pauta de exportações do agronegócio –, neste primeiro semestre não tiveram um bom fluxo. “Infelizmente, o nosso agronegócio está com um resultado abaixo da média, devido à seca que já está ocorrendo há três anos. Inclusive as frutas de áreas irrigadas, que não sofrem tanto com esse problema, tiveram uma redução de 15% neste primeiro semestre. Mas alguns produtos são mais vendidos no segundo semestre e, se continuarmos exportando combustíveis minerais nessa mesma proporção, poderemos chegar a US$ 2 bilhões no fim do ano, o que seria um recorde absoluto”, completou Sérgio Baima.
Os principais produtos do agronegócio tiveram decréscimo nas exportações, em função dos problemas climáticos, com exceção de couros e peles, cera de carnaúba, mel de abelhas e produtos da floricultura. O setor de frutas frescas, que foi destaque das exportações cearenses em 2013, desta vez, não foi exceção no fraco desempenho dos agronegócios cearenses, em função da escassez no fornecimento de água aos polos de irrigação do Estado.  Mesmo assim mantiveram o terceiro lugar dentre os cinco maiores exportadores nacionais, especialmente devido às flores, que tiveram crescimento de 314% (ou de US$ 145,2 mil para US$ 601,4 mil) e do mel de abelhas, com alta de 95,9% (de US$ 2,1 milhões para US$ 4,1 mi).

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