'Miami Herald': Aécio pode mexer nas relações internacionais no Brasil
Ligações fortes com os países do Mercosul podem ser alteradas, caso Aécio chegue a presidência
O artigo destaca que Aécio, um candidato “pró-negócios” foi uma grande surpresa no segundo turno. O candidato pulou do terceiro lugar nas intenções de voto, para o segundo, competindo agora com a atual presidente e candidata a reeleição Dilma Roussef do PT, que alcanço 42% dos votos válidos.Segundo o jornal, o segundo turno parece que será definido com o apoio da candidata que acabou em terceiro lugar nas votações: Marina Silva. Muitos especialistas afirmam que é provável que Marina não apóie Dilma, por causa da campanha acida do PT contra ela. No entanto, a expectativa gira em torno da possibilidade de Marina apoiar Aécio Neves. Em entrevista para o jornal,Murillo Aragão, chefe do instituto de análises políticas Arko, afirma que “Dilma Russef está em uma situação difícil, porque 55% dos brasileiros pareceram querer mudanças”.
Em entrevista para o jornal americano, Rubens Barbosa, chefe da equipe de política externa da campanha de Aécio, disse que se seu candidato ganhar a eleição de segundo turno, o Brasil vai pôr fim à política externa dos últimos 12 anos, que ele definiu como "afinidades ideológicas" em vez de interesses nacionais do Brasil.
"Se Aécio vencer, haverá uma grande mudança na política externa do Brasil na região", disse Barbosa, ex-embaixador do Brasil em Washington. "Haverá uma despolitização total de política brasileira em relação a outros países latino-americanos. Vamos diversificar nossas parcerias com todos os países da região, independentemente de suas ideologias".
As relações externas brasileiras tem se resumido a priorizar laços com países do Mercosul, no entanto exportadores tem reclamado que essas alianças são um obstáculo para o crescimento do Brasil. Exportadores não podem estabelecer acordos individuais com países europeus.As regras do Mercosul só permitem que as negociações sejam feitas em conjunt com os países do bloco. Barbosa afirmou para o jornal que o governo de Aécio Neves irá em busca de novos acordos de negócios com México, Chile, Colômbia e Peru.
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No entanto, se o Aécio ganhar, podemos ver uma mudança nas políticas estrangeiras do país e uma possível aproximação com os Estados Unidos.
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