Cédula de R$ 1 vira artigo de colecionadores e pode custar até R$ 165
Desde 2005, quando a Casa da Moeda do Brasil deixou de fabricar a nota, a circulação é cada vez menor
Rio - Quem tem uma cédula de R$ 1 no
bolso é melhor pensar duas vezes antes de usá-la. Afinal, o consumidor
pode ter nas mãos muito mais do que seu valor nominal, já que a nota
passou para a categoria de cédula rara e pode valer, entre os
colecionadores, aproximadamente R$ 165, conforme Catálogo de Cédula e
Moedas do Irley Soares e Cláudio Amato.
Desde 2005, quando a Casa da Moeda do
Brasil deixou de fabricar a nota, a circulação é cada vez menor. Se no
fim daquele ano havia 583 milhões dessas cédulas, hoje há apenas
149.282.073 ainda nas ruas.
Diretor de Divulgação da Sociedade Numismática
Brasileira (SNB), Bernardo Marin Neto informa que a regra para definir o
valor das cédulas é a seguinte: quanto menor for a emissão da nota,
mais ela valerá . “Quanto menos o Banco Central emitir uma cédula com a
assinatura de um ministro ou um presidente do BC, maior é o valor dela”,
informou o diretor de divulgação da SNB.Neto diz ainda que as notas que não circularam pelo país e têm menor tiragem podem custar bem mais do que o valor de face. “A nota de R$ 1, de 1996, assinada pelos então ministro da Fazenda, Pedro Malan, e pelo presidente do Banco Central (BC), Gustavo Loyola, sem ter circulado, custa entre os colecionadores aproximadamente o valor de R$ 165”, revela o diretor.
Em nota, o Banco Central, instituição responsável pela circulação das cédulas, informou que a cédula de R$ 1 deixou de ser produzida porque a instituição vem priorizando a emissão de moedas “que apresentam uma relação custo-benefício melhor do que a das notas em razão de sua durabilidade”, informou o BC.
A psicóloga Márcia Ricardi, de 37 anos, guarda em casa algumas notas antigas. Entre as elas, uma de R$ 1. “Não me considero uma colecionadora, apenas fiquei com algumas notas antigas para recordação. Já a nota de R$ 1 guardei como símbolo de sorte. Andava com ela na carteira, mas, com receio de perdê-la, passei a deixá-la guardada em casa”, relata. “Tenho apenas uma cédula do nosso primeiro lote de R$1 e não pretendo me desfazer. Porém, ao descobrir que as cédulas antigas têm valor para colecionadores, penso em vender as demais notas”, acrescenta a psicóloga, que possui 21 cédulas antigas. Entre elas, nove de mil cruzados. A moeda foi criada em 1986.
Substituição gradativa por moedas
Segundo o Banco Central, as cédulas de R$ 1 podem ser usadas no comércio e ainda não têm data para deixarem de valer. O BC informa ainda que elas são substituídas progressivamente por moedas.
Diretor de divulgação da SNB, Bernardo Marin Neto diz que a entidade fica em São Paulo, na capital, e que todas quarta-feiras e sábados faz trocas indiretas para sócios da entidade. “É um local onde qualquer um pode vender as cédulas”, conta Neto. Mais informações pelo www.snb.org.br.
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