TSE intervém na baixaria e proíbe ataques do PT contra Aécio
TSE dá um basta nos ataques: propaganda eleitoral deve ser propositiva
A propaganda, veiculada no rádio em 15 de outubro, mostra uma militante do PT, ex-presidente do sindicato dos jornalistas de Minas Gerais, acusando o candidato tucano de “ameaçar o emprego” de quem o critica. O PSDB alegou que a propaganda atingia a honra do candidato. A maioria dos ministros do TSE entendeu que o horário eleitoral gratuito tem a finalidade de apresentar propostas ao eleitor e não pode ser utilizada para ataques, menos ainda com depoimentos de terceiros.
A decisão abre precedente para que o TSE proíba todos os eventuais ataques a candidatos no horário gratuito. “Essa decisão altera jurisprudência da Corte e caminha no bom sentido de estabelecer que, nos programas eleitorais gratuitos, as campanhas têm que ser programáticas e propositivas. Tem que se reformatar isso e acabar com essa pirotecnia”, afirmou o presidente do tribunal, ministro Dias Toffoli.
O ministro Gilmar Mendes, que também defendeu suspender a propaganda, criticou a atuação de “marqueteiros” nas campanhas eleitorais. “É preciso garantir o horário gratuito sem o artifício desse marketing, que acaba por manipular, inclusive atribuindo ideias que o próprio candidato não tem.”
O ministro João Otávio de Noronha afirmou que, no caso, não houve uma questão política, mas “uma ofensa pessoal cujos passos caracterizam um crime”. Salientou que o horário eleitoral gratuito não foi feito para ataques pessoais, mas para a apresentação de programas de governo. “Não se deve gastar o
Já o ministro Luiz Fux afirmou que “a Justiça Eleitoral tem que adotar uma postura de como vai admitir que esse
As ministras Maria Thereza de Assis Moura e Luciana Lóssio acompanharam o relator, mas também ressaltaram entender que o Tribunal deve fixar parâmetros “para uma campanha ética, que tenha um mínimo de decoro”.
Há outras duas representações do PSDB com pedido para que a candidata petista seja investigada pelos crimes de calúnia, difamação e injúria, inclusive para a alegação de que durante o mandato de Aécio como governador de Minas Gerais foram “desviados” R$ 7,6 bilhões da área de saúde.
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