|
O primeiro turno já tem uma semana. E até as últimas horas Marina
Silva, candidata do PSB e da Rede Solidariedade, não conseguiu decidir
sua posição no segundo turno. Pode apoiar Aécio, pode apoiar Dilma,
pode, como fez nas últimas eleições, recolher-se ao sacrossanto retiro
do lar. Mas prefere comportar-se como a última bolacha do pacote: aquela
que todos disputam na hora da fome.
O problema é que com o tempo a bolacha vai murchando. Boa parte dos
eleitores de Marina decidiu sem aguardar sua orientação. O PSB, partido
que lhe serviu de abrigo, optou por Aécio Neves, do PSDB; mas rachou em
diversos Estados, desperdiçando a chance de, unido, consolidar-se e
crescer nacionalmente.
Como sempre, o que prevalece é o interesse de momento. Na Bahia, em que o
PT venceu no primeiro turno (e o PSD de Gilberto Kassab levou Otto
Alencar ao Senado), boa parte da Executiva do PSB, liderada por Lídice
da Matta, ex-prefeita de Salvador, optou por Dilma; Eliane Calmon,
esperança do PSB para o Senado, ex-ministra do STJ, derrotada, ficou com
Aécio. Governadores do PSB, como Camilo Capiberibe, do Amapá, e Ricardo
Coutinho, da Paraíba, estão com Dilma (e com Dilma, ao menos de
coração, está o presidente do partido, Roberto Amaral). A ala
majoritária do partido fica com Aécio. E Marina, quando decidir sua
posição, talvez se surpreenda ao descobrir que não tem mais quem a siga.
Que é que Marina quer? Parece sentir-se o candidato Tremendão, cantado
por Erasmo. E esquece outro sucesso, este na voz de Eduardo Araújo:
Goiabão.
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário