Em
uma reunião com o quórum qualificado, a Comissão Mista de Orçamento do
Congresso Nacional, presidida pelo Deputado Devanir Ribeiro (PT-SP)
aprovou relatório preliminar da receita, que abre o debate sobre a
relatoria do Orçamento. Com prazos curtos para tramitar normalmente,
mas um acordo poderá viabilizar a votação da proposta do Orçamento para
2015, ainda neste mês. A estimativa foi feita pelo senador Romero Jucá
(PMDB-RR), relator do projeto (PLN 13/14) que estima a receita e fixa a
despesa da União para o próximo ano.
Jucá
comprometeu-se a apresentar ainda nesta quarta-feira (10), o relatório
preliminar à proposta do Executivo, abrindo o prazo para a apresentação
das emendas parlamentares ao Orçamento. Em seguida, seriam apresentados
os relatórios setoriais e o relatório geral, este a cargo de Jucá.
O
relator da receita da proposta orçamentária de 2015, deputado Paulo
Pimenta (PT-RS), entregou no final da manhã de hoje um adendo
atualizando os valores da arrecadação federal para o próximo ano. De
acordo com o texto, a receita primária bruta cai R$ 39,2 bilhões em
relação em relação ao parecer anterior, que ele havia entregue em
novembro, e R$ 18 bilhões em comparação com a proposta orçamentária (PLN
13/14).
Atualização da receita
O
adendo foi calculado utilizando os novos parâmetros econômicos para
2015, enviado pelo governo ao Congresso no mesmo dia em que anunciou a
mudança no resultado primário. O Ministério do Planejamento reduziu o
crescimento da economia para o próximo ano de 3% para 0,8%.
Descontadas as transferências para estados e municípios, a queda da arrecadação federal em 2015 foi estimada em R$ 30,7 bilhões.
Este
é o mesmo número de retração da receita apontado pelo Ministério do
Planejamento, quando comunicou a nova meta de superavit primário para
2015, na quinta-feira passada (4). Segundo Paulo Pimenta, o adendo foi
necessário para atender à nova meta do governo federal (R$ 55,3
bilhões).
Deputados
da oposição, como Arnaldo Jardim (PPS-SP) e Domingos Sávio (PSDB-MG),
manifestaram disposição de "construir o entendimento" com o governo.
Sávio afirmou que somente com um acordo o País terá a Lei de Diretrizes
Orçamentária (LDO - PLN 3/14) e orçamento para o próximo ano.
O
senador Valdir Raupp (PMDB-RO) afirmou que, se o orçamento não for
votado, o Congresso estará dando uma sinalização ruim para o País, no
momento em que se inicia um novo governo.
Presidente
da CMO, o deputado Devanir Ribeiro (PT-SP), desmentiu boatos de que o
governo não teria interesse na votação do Orçamento neste ano.
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