Foi um dia cheio. Na manhã mais matutina do dia o Moacir Maia telefone avisando a passagem, só de ida, do Marcos Nunes. Merda! Isso é lá dia de se morrer, pensei eu. Fosse sábado, pior ainda. Mas o Marcos Nunes era um cara interessante. Deixou pra morrer na hora da missa das sete, e ele era um generoso católico de missa dominical e doações mensais para orfanatos e tal. E lá fomos nós, eu e minhas lembranças empurrar o Nunes pro lugar de todos, não sem antes abraçar a Suda, mulher dele e os filhos.
Então tomei a decisão derradeira da manhã. Do mei dia em diante vou tomar a saideira com o Marcos, pelo menos em saudade. E estavam juntos, na memória, Faheina, Marcos Rezende, Edivaldo Pereira, Carlos Silva, Gislaine Peixoto, Chico Moura, Mestre João, Fabiano Moreira...pela aí. Beber por todos eles na saudade do Marcos foi barra. Disse foi, até que, por estar entusiasmado e já falando mais alto, alguém, na mesa atrás de mim fez uma apresentação.
Eu sou o filho dele. E eu falava da saudade do Rodolfo Espínola. Era o João Paulo, aquele que recebeu o nome do Papa em homenagem ao Papa. O João Paulo com a noiva e com cara de Papa. Bonito como só podia ser um Papa ainda mais filho do Rodolfo e da Nildinha.
Meu Deus! Chega de emoção. Fui às lágrimas nem tão silentes assim. Era muito demais como diria a Maria, secretária lá de casa que um dia perguntou pra dona da casa se poderia ir a uma festa no sábado num tal de Roberto Sarasate.
Foi um drama descobrir que a Maria, que tinha cara de camafeu, queria ir para uma festa no Ginásio Coberto Paulo Sarasate, resumido a Roberto Sarasate.
Ê ê, vida de gado!
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