A palavra maldita de Cid Gomes

Brasília (DF) 17 graus -
A maioria dos contra disse que Cid Gomes tinha muita coragem em comparecer à Câmara dos Deputados para falar da palavra mal dita: "Achacar". 300 ou 400 deputados são pelo quanto pior melhor e assim pressionar o Governo por liberações de verbas, etc.etc.etc, blá, blá e blá. Cid Gomes foi ao meio fio. Começou falando de sua trajetória política. De Prefeito de Sobral a Governador, passando pela Assembleia, ratificando seu respeito ao parlamento.
Em seguida, Cid Gomes falou do Ministério e das mazelas da educação brasileira. Falou de seu desejo de discutir com as pessoas, indo de Estado em Estado, conhecer o pepino de cada um e jogar a faca amolada para descascar e ajudar a resolver problemas pontuais e gerais da pátria educadora.Cid Gomes demorou a falar do objeto da convocação. E acabou falando que o que disse não havia sido dito em ambiente público, mas na sala particular do reitor da Universidade onde estava. - Não foi por proselitismo, nem pessoal nem como Ministro. Em parte pediu desculpas aos que se sentiram agredidos mas que se sintam inocentes e reafirmou o que disse m Belém, destacando que não havia sido coisa pronta e até que não reflete a sua própria opinião. - Mas não tenho como negar o que disse o que disse. Com todo o respeito que tenho pelo parlamento. Mais adiante falou que pedia perdão aos que não agem dessa maneira, ou seja, a alguém que puxar para si a carapuça.
Por fim, falou da doença que o fez não atender ao chamamento na semana passada e partiu pro ataque, pedindo pra saber das despesas pagas para deputados que foram a SãoPaulo procurar saber se ele estava de fato doente. E saiu no cacete com o Presidente da Câmara, Eduardo Cunha - reconhecidamente inimigo do Ministro - como é comum no meio político brasiliense.
Depois Cid Gomes "apanhou". Várias lideranças partidárias criticaram Cid duramente e pediram sua demissão, pressionando Dilma a demiti-lo ou...
Cid ainda voltou ao microfone e por 10 minutos reiterou sua fala inicial sendo anunciado pelo procurador da Câmara que a Casa vai processa-lo, como orientou o presidente Eduardo Cunha.

Incidente
As galerias,que inicialmente haviam sido impedidas pela presidência da Câmara de serem ocupadas, se manifestaram em várias situações, assim como deputados de oposição o fizeram quando de aspectos da fala de Cid Gomes. O Presidente ameaçou esvaziar as galerias que aplaudiam Cid Gomes. Depois mandou sair, isto é, expulsou do plenário da Casa, autoridades como o Governador do Ceará, o Presidente da Assembleia, o Prefeito de Fortaleza e várias outras autoridades como deputados estaduais que vieram a Brasília prestigiar seu ex-Governador. A isso o deputado Osmar Baquit reagiu e falando alto disse que tudo aquilo era "ditadura'. E repetiu várias vezes até que fosse expulso das galerias sendo seguido pelos colegas dele, deputados estaduais que se solidarizaram com a agressão de Eduardo Cunha, a quem Ivo Gomes chamou de picareta, conforme já se noticiou.