Há um Brasil novo no ar! Queiram os deuses deste Olimpo, ou não, continua valendo uma série de máximas populares, tipo quem for podre que se quebre. Senhas e contra-senhas foram jogadas na tarde de ontem aqui em Brasília. Do lado de fora do Congresso chovia, do lado de dentro queimava o fogo da vaidade num inferno de caras e bocas. Isso cê já sabe, viu na tv, ouviu no rádio, até já deve ter lido nos jornais. Mas não sabe o depois.
Quando Cid Gomes foi chamado de palhaço por um deputado que fazia o jogo do odiento presidente da Câmara Federal, destilando ódio pelo Ministro da Educação que quase o chamou de achacador ou o botou no meio dia 300 ou 400 da cena montada, deixou o plenário. Não iria explodir. É jovem de 20,25 anos de política, mas é passado na casca do alho. Se lá atrás falou mais do que devia, ontem pegou o Brasil e deu um nó na cabeça do seu povo.
Deixou o Plenário aplaudido por admiradores por haver dito o que milhões de brasileiros tinham vontade de dizer. Deixou o Plenário expondo os prejuizos que cearenses davam ao Ceará com sua atitude de ratificar que disse o que disse e, "mesmo que não estivesse gravado, não diria que não disse o que disse". Foi isso que empesteou e acelerou a raiva da turma que puxou a carapuça, porque os demais ficaram quietos; "...se nunca achaquei ninguém, motivos quais bulir nisso aí..."poderiam dizer alguns.
Mas Cid Gomes saiu por cima da carne seca. Havia um sorriso de alívio em seus lábios. Cid Gomes estava tão leve que entrou numa camioneta, com placas de Jaguaribe e saiu dirigindo para o Palácio do Planalto. Parecia algo planejado, pensado, programado. Cid armou tudo imaginando que sairia dali chamado pela Presidenta, ou não, mas iria falar com ela sobre o que disse, o que falou,as verdades que explicitou, inclusive ratificando o reconhecimento da crença nela, Dilma Rousseff em toda a expressão de sua postura.
Com Cid Gomes estavam o Governador do Ceará, Camilo Santana, o Presidente da Assembleia, Zezinho Albuquerque, Veveu Arruda, Prefeito de Sobral e Domingos Neto, deputado federal. Cid mantinha o sorriso como se lhe tivessem tirado um piano incômodo das costas. Piano com cordas quebradas depois de desafinado. Foram recebidos por Dilma. Imediatamente ficaram a sós com Mercadante. Foram 3 minutos apenas.
Foi o tempo de Cid Gomes dizer à Presidenta Dilma que estava entregando o cargo. Cid estava se demitindo. Mercadante saiu e alguém ouviu a frase; - Vou acalmar o Congresso e telefonou para o presidente da Câmara, o raivoso Nunes, a quem Ivo Gomes, irmão de Cid chamou de vagabundo e a quem Ciro Gomes, outro irmão, o mais velho, chamou de...ah, isso não interessa agora. Pois bem. Mercadante ligou e disse que Cid estava fora do Governo.
Este blog postou as 18:04 minutos a notícia que esperavam os interessados no quanto pior-melhor. No meio estavam cearenses que perderam o rumo quando perderam as últimas eleições no Ceará, e fizeram o diabo pra tirar Cid Gomes do prumo usando sua própria palavra mal dita: Achacar. O grupo que seguia Cid ainda ficou um pouco com a Presidenta Dilma e saiu. Dava a impressão que havia chovido forte pra limpar o sol de hoje. O Brasil de hoje não é o mesmo de ontem.
Quem sobreviver, sentirá.
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