Frescura de rabo


Dunga faz mistério
Dunga preferiu não revelar o time que levará a campo para o amistoso contra a França logo mais, às 17h (horário de Brasília), no Stade de France, em Paris. O atacante Roberto Firmino atuou entre os titulares no treinamento da última segunda-feira, mas o técnico da Seleção avisou que a presença do atleta não significa titularidade confirmada. “Nós não confirmamos nada. O colete é distribuição de posições. Atacante forma com atacante. Fizemos treino com balanço da defesa do ataque, tentamos posicionar, mas independentemente de quem vai jogar. Todos precisam estar preparados. O jogador tem de estar com a cabeça pronta até a hora para jogar”, explicou.
Em seu retorno ao comando técnico da seleção pentacampeã, o treinador reitera que o que vale é a produção do atleta em campo. Jogar só com o nome não terá futuro na seleção, costuma enfatizar o treinador. Bem humorado durante a entrevista coletiva de ontem, na capital francesa, Dunga disse que não se impressiona com estatísticas e números de jogadores apresentados em planilhas. “Pensarmos como vencedores. Agirmos como vencedores. Temos de ter atitude e colocar dentro de campo. Realizar o que pensamos. Porque vocês já fizeram essa brincadeira: no papel, no ‘Power Point’, todo mundo é bom. Mas, dentro de campo, as coisas são totalmente diferentes”.
Sobre o rival de hoje, Dunga afirma não ter sentimento de revanche. Ele estava em campo na derrota da seleção contra os franceses na decisão do Mundial de 1998, 3 a 0. O maior estrago ocorreu em 1990, diz Dunga, dizendo que ainda hoje é cobrado pela eliminação. “Em 90 doeu mais, pois toda responsabilidade foi colocada no meu nome. Em 98 também, mas jogar contra o organizador da copa, com grandes jogadores. E eles jogavam fora do país, eram experientes”. A seleção de 1990 ficou rotulada de ‘Era Dunga’. Então volante do time, Dunga simbolizava o estilo defensivo e brigador da seleção comandada por Sebastião Lazaroni. O time caiu nas oitavas, contra a Argentina.

Marcelo titular?
“Quanto ao Marcelo, não é questão minha. Basta ver os jogos no Real. Antes ele não jogava e agora ele está jogando continuamente. Melhorou muito em termos de posicionamento, coletividade. E ele melhorou muito no Real. Está em um bom momento, observamos todos e mesmo os que não estão aqui. É nossa missão, nossa responsabilidade, observar jogos e jogadores. A gente brinca para eles não se preocuparem, de assessor botar nota no jornal. A gente está olhando. Temos comissão para olhar”. O técnico também elogiou outro lateral. “Treinador gosta de quem resolve o problema. Danilo foi às primeiras convocações depois da saída do Maicon e foi bem. Como ele é jovem, temos que dar continuidade para ir adquirindo confiança. E ele correspondeu bem a isso. Se sente seguro”, explicou o comandante. O Brasil, após encarar a França, terá o Chile, em Londres, dia 29, pela frente.

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