Medo do terrorismo no Stade de France

Amistoso França x Brasil tem alerta vermelho antiterrorismo e plano em ação

João Henrique Marques
Do UOL, em Paris (França)
Nas horas que antecedem o amistoso França x Brasil no Stade de France, em Saint-Denis, nesta quinta-feira (26), é comum ver mais policiais do que torcedores ao redor do local do jogo. O motivo é o alerta vermelho antiterrorismo que está acionado para a organização do evento e faz diversas práticas de segurança acontecer.
Logo nas redondezas, o trânsito é intenso muito por conta dos diversos policiais com armas de fogo que estão vigiando cada carro que passa pelas avenidas. Um dos policiais consultados pelo UOL Esporte disse que são mais de 300 envolvidos na segurança da partida.
O plano antiterrorista Vigipirate está acionado para o amistoso. Ele é comum em grandes eventos na França, principalmente, após o atentado terrorista a revista francesa Charlie Hebdo no início deste ano em Paris, cidade vizinha a Saint-Denis.
"É ação pertinente. Aqui estão todos traumatizados, e ocorrem ataques terroristas com maior frequência do que em vários países da Europa. Mas em geral os franceses se sentem seguros para o jogo sim. Nem pensam no caso", disse o parisiense Rounan Lloren, de 31 anos, que acompanhava um grupo de cinco amigos na porta do estádio.
Viaturas da polícia rondam o estádio e diversos oficiais com arma de fogo também circulam perto das catracas.
Antes de entrar, os torcedores passam por revista rigorosa dos seguranças. Até mesmo os jornalistas são obrigados a abrirem as malas e mochilas tendo todos os objetos revistados.
Dentro do estádio, diversos policias já estão a postos. Um deles disse a reportagem que o plano é exatamente o mesmo utilizado em grandes eventos no país. No Saint-Denis esteve em vigor na última vez há duas semanas no show do cantor Paul McCartney.
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França x Brasil - amistoso no Stade de France

Torcedor francês Rounan Lloren (o primeiro à esquerda) relata que povo local ficou bastante traumatizado com atos terroristas que vitimou 12 pessoas no começo do ano João Henrique Marques/UOL

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