Polícia prende suspeito de ataque a ônibus

Operação realizada pela Delegacia de Roubos e Furtos (DRF), na última sexta-feira, 13, resultou na prisão de Francinei Nobre da Silva (42), conhecido como “Gangão”. O homem foi localizado em Tucunduba, no município de Caucaia. Ele foi preso com arsenal bélico e é suspeito de ser o mandante de incêndios criminosos de ônibus que ocorreram desde o dia 28 de fevereiro. “Gangão” também é suspeito de realizar ataques recentes contra agencias bancárias na Serra de Baturité e em Miraíma.
Segundo o delegado Raphael Vilarinho, titular da DRF, o preso seria, ainda, responsável pelo tráfico de drogas no bairro Bom Jardim, além de fornecer o apoio logístico para quadrilhas de outros estados que entram no Ceará com o intuito de praticar crimes contra instituições financeiras. “Em março do ano passado, capturamos o ‘Gangão’ com três quilos de cocaína no bairro Bom Jardim. Na época, já sabíamos da parceria dele com criminosos de outros estados. Essa prisão e a apreensão de todas essas armas só reforçam o que já investigávamos antes”, revelou Vilarinho.
Francinei Nobre da Silva já responde a procedimentos policiais por homicídio, dez crimes de roubo, tráfico de drogas, receptação, dois portes ilegais de armas de fogo, furtos e seis por formação de quadrilha. Ele foi conduzido à sede da DRF, onde foi autuado em flagrante por porte ilegal de arma de fogo de uso restrito.
Apreensões
Com “Gangão”, a polícia encontrou um fuzil AK-47, uma escopeta calibre 12 e duas pistolas .40, além de 200 munições de calibre .40 e 80 munições de fuzil e roupas camufladas.  Todo o material estava escondido enterrado no quintal da residência onde o homem foi localizado. Conforme o delegado adjunto da DRF, Eduardo Tomé, o próprio suspeito indicou o esconderijo. “No momento em que a equipe fez a abordagem e apresentou as provas, ele colaborou, não resistiu à prisão e indicou o local onde armazenava as armas e munições”, afirmou o delegado.

Mapeamento
Na análise de Tomé, os traficantes estão apoiando ataques a bancos para capitalizar recursos e reforçar a aquisição de armas de grosso calibre como fuzil AK-47, que não são fabricadas no País. Para identificar e mapear a logística das quadrilhas interestaduais, a DRF mantém contato e troca de informações com delegacias de outros estados, principalmente, da região Nordeste.
“Temos intensificado a troca de informações, mapeando quadrilhas e o modo de operação dessas quadrilhas. Identificamos que muitos traficantes estavam partindo para o crime contra instituições financeiras visando, justamente, à aquisição de novas armas, capazes de furar a blindagem da polícia. São armas de guerra, e a nossa polícia não dispõe desse armamento. Isso comprova o ímpeto dessa organização criminosa. São bandidos extremamente armados, mas estamos em cima. Só esse ano, é o quinto fuzil que apreendemos”, comentou o delegado.

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