A ostra, uma pérola ferida.
Enviado por: Reinaldo
0 titulo deveria ser o contrario: a pérola é que se forma a partir de uma ferida da ostra.
Mas como sou "dependente" de ostras (assim como meu irmão, Renan e tantos) conferi-lhe essa promoção à joia da gastronomia.
Uma ostra que não foi ferida, não produz pérolas, como diz a ambientalista Adelia Zimeo. E conclui: as pérolas são feridas curadas,. A resposta do organismo quando alguma substância estranha ou indesejável, tipo um parasita, ou um grão de areia, "invade" a concha. Ela, aí, isola esse tumor dentro de uma cápsula -– a pérola.

Bom, mas quais os melhores meses para se comer ostras no Brasil?
Os meses sem "r", de (mais) frio, enquanto na Europa eh o oposto: meses com "r".
Segundo registros históricos, em 1759 um decreto do Rei de França -- o elegante Luís XV -- proibiu a comercialização de ostras entre os meses de maio e agosto, os meses de calor no hemisfério norte, porque como os transportes eram (desde o século 16!!!) mais lentos e a refrigeração mais difícil, os casos de intoxicação e morte por ingestão de ostras eram (são) muito elevados.
Além de ser o período da reprodução -- e até os monarcas absolutos respeitavam a procriação!
Mas no caso brasileiro, oba! estamos a caminho do inverno: é o momento de pingarmos limão nesse delicioso molusco. E (d)aí a pergunta: além de uma iguaria gourmet a ostra estimula a libido?
É afrodisíaca?
Tudo indica que sim, pois além de uma "usina mineral", ela possui doses industriais de zinco. Por outro lado, a ostra não apenas é hermafrodita: é ambivalente. (Bi?) Ou seja, a ostra pode ser fêmea, e depois macho, e ir alternando entre ser macho e fêmea, ao longo de 15 anos. Em estágio da reprodução ela produz espermatozoides e, no outro, produz óvulos.
Ora -- e deixando o efeito do zinco para a opinião dos urologistas -- se com essa experiência toda ela não “ajudar” a fazer sexo...
Tanto que o genial e fáunico Rodin ingeria dúzias, regadas a Chablis, para alegrar a sua Camille!

Outra leitura: o cultivo de ostras -- ostreicultura -- configura-se como um ramo da aqüicultura que vem se destacando como um negócio viável para o desenvolvimento das comunidade pesqueiras de baixa renda, que através de tecnologias simples transformam essa atividade em sustento de suas famílias.
Ou seja, além de saborosa ela estimula a sustentabilidade.

E além do modo clássico de apreciá-las -- recém abertas, com gotas de limão siciliano (e ponto) -- há os que incrementam a degustação com tabasco, um tico de sal marinho ou...com espinafre, bacon, farinha de rosca, sal e licor de anis, como o magnata e político americano
Nelson Rochefeller.
Quando prefeito de NY ele ia pelo menos duas vezes por semana ao Oyster Bar da Central Station, em NY, para apreciá-las dessa forma, que acabou batizando o prato servido lá.
As ostras eram (são) então cozidas e depois levadas ao forno. Uma hora de espera ou dois Dry Martinis.
Meio americano demais para o meu gosto -- é só "conferir" com o jeitão dele.
Mas pode-se prepará-las tipo “caipirostra”.
Receita: abra as seis ostras e corte delicadamente o músculo que segura as conchas. Junte a cada ostra uma pitada de raspas de limão, uma espremida de caldo de limão, uma colher de café de cachaça, um grão de pimenta rosa e uma ponta de ramo de endro. Finalize com a pimenta moída na hora e deixe marinar por 5 minutos na geladeira.

Em cada prato, coloque o sal grosso (para suporte das ostras) e por cima dele, de uma a três ostras.
Ah, sim, você sabe abrir uma ostra?
E "confeccionar" arroz de ostras?
Lá vai: em uma panela grande coloque as ostras frescas. (Verifique se estão todas realmente fechadas, pois isso confirma que elas estão sadias). Adicione vinho branco, seco e tampe.
Deixe-as cozer ao bafo até que abram suas conchas e soltem seu suco, misturando-se ao vinho, que mais tarde será utilizado no preparo da receita.
E mais: elas podem ser preparadas na grelha ( o Roberto Hirth comemorou o aniversário do ano passado no Forte de Copacabana -- Posto 6/Arpoador -- com um "anfiteatro" de ostras descendo até os pratos. Assadas na chapa, uma epifania!
Sim, e que vinhos para escoltá-las?
Brancos de muito frescor, com destacada acidez e traços minerais. Podem ser desde os clássicos Muscadets, passando por um Pouilly-Fumé ou Chablis (acompanhamento clássico). Ou um champagne Blanc de Blancs.
Mas eu prefiro um Sancerre ou -- pasmem -- um Guiness inglesa, pretinha da Silva.
E já que é para "chocar" aí vai o (meu) desafio: por que não ostras doces?
Retiradas das conchas elas são embebidas em Tokay (ou um Porto Vintage) por uma hora e depois levadas à geladeira. E podem ser servidas como sobremesa.
Testem, é uma delícia.
Mas como sou "dependente" de ostras (assim como meu irmão, Renan e tantos) conferi-lhe essa promoção à joia da gastronomia.
Uma ostra que não foi ferida, não produz pérolas, como diz a ambientalista Adelia Zimeo. E conclui: as pérolas são feridas curadas,. A resposta do organismo quando alguma substância estranha ou indesejável, tipo um parasita, ou um grão de areia, "invade" a concha. Ela, aí, isola esse tumor dentro de uma cápsula -– a pérola.

Bom, mas quais os melhores meses para se comer ostras no Brasil?
Os meses sem "r", de (mais) frio, enquanto na Europa eh o oposto: meses com "r".
Segundo registros históricos, em 1759 um decreto do Rei de França -- o elegante Luís XV -- proibiu a comercialização de ostras entre os meses de maio e agosto, os meses de calor no hemisfério norte, porque como os transportes eram (desde o século 16!!!) mais lentos e a refrigeração mais difícil, os casos de intoxicação e morte por ingestão de ostras eram (são) muito elevados.
Além de ser o período da reprodução -- e até os monarcas absolutos respeitavam a procriação!
Mas no caso brasileiro, oba! estamos a caminho do inverno: é o momento de pingarmos limão nesse delicioso molusco. E (d)aí a pergunta: além de uma iguaria gourmet a ostra estimula a libido?
É afrodisíaca?
Tudo indica que sim, pois além de uma "usina mineral", ela possui doses industriais de zinco. Por outro lado, a ostra não apenas é hermafrodita: é ambivalente. (Bi?) Ou seja, a ostra pode ser fêmea, e depois macho, e ir alternando entre ser macho e fêmea, ao longo de 15 anos. Em estágio da reprodução ela produz espermatozoides e, no outro, produz óvulos.
Ora -- e deixando o efeito do zinco para a opinião dos urologistas -- se com essa experiência toda ela não “ajudar” a fazer sexo...
Tanto que o genial e fáunico Rodin ingeria dúzias, regadas a Chablis, para alegrar a sua Camille!

Outra leitura: o cultivo de ostras -- ostreicultura -- configura-se como um ramo da aqüicultura que vem se destacando como um negócio viável para o desenvolvimento das comunidade pesqueiras de baixa renda, que através de tecnologias simples transformam essa atividade em sustento de suas famílias.
Ou seja, além de saborosa ela estimula a sustentabilidade.

E além do modo clássico de apreciá-las -- recém abertas, com gotas de limão siciliano (e ponto) -- há os que incrementam a degustação com tabasco, um tico de sal marinho ou...com espinafre, bacon, farinha de rosca, sal e licor de anis, como o magnata e político americano
Nelson Rochefeller.
Quando prefeito de NY ele ia pelo menos duas vezes por semana ao Oyster Bar da Central Station, em NY, para apreciá-las dessa forma, que acabou batizando o prato servido lá.

As ostras eram (são) então cozidas e depois levadas ao forno. Uma hora de espera ou dois Dry Martinis.
Meio americano demais para o meu gosto -- é só "conferir" com o jeitão dele.
Mas pode-se prepará-las tipo “caipirostra”.
Receita: abra as seis ostras e corte delicadamente o músculo que segura as conchas. Junte a cada ostra uma pitada de raspas de limão, uma espremida de caldo de limão, uma colher de café de cachaça, um grão de pimenta rosa e uma ponta de ramo de endro. Finalize com a pimenta moída na hora e deixe marinar por 5 minutos na geladeira.

Em cada prato, coloque o sal grosso (para suporte das ostras) e por cima dele, de uma a três ostras.
Ah, sim, você sabe abrir uma ostra?
E "confeccionar" arroz de ostras?
Lá vai: em uma panela grande coloque as ostras frescas. (Verifique se estão todas realmente fechadas, pois isso confirma que elas estão sadias). Adicione vinho branco, seco e tampe.
Deixe-as cozer ao bafo até que abram suas conchas e soltem seu suco, misturando-se ao vinho, que mais tarde será utilizado no preparo da receita.
E mais: elas podem ser preparadas na grelha ( o Roberto Hirth comemorou o aniversário do ano passado no Forte de Copacabana -- Posto 6/Arpoador -- com um "anfiteatro" de ostras descendo até os pratos. Assadas na chapa, uma epifania!
Sim, e que vinhos para escoltá-las?
Brancos de muito frescor, com destacada acidez e traços minerais. Podem ser desde os clássicos Muscadets, passando por um Pouilly-Fumé ou Chablis (acompanhamento clássico). Ou um champagne Blanc de Blancs.
Mas eu prefiro um Sancerre ou -- pasmem -- um Guiness inglesa, pretinha da Silva.
E já que é para "chocar" aí vai o (meu) desafio: por que não ostras doces?
Retiradas das conchas elas são embebidas em Tokay (ou um Porto Vintage) por uma hora e depois levadas à geladeira. E podem ser servidas como sobremesa.
Testem, é uma delícia.
Desculpem, estou apenas estimulando o fim de semana que se avizinha.
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