Discutindo a saúde no Ceará

MPF discutirá acordo para problemas no atendimento de urgência e emergência
Reunião, nesta sexta-feira, 19 de junho, na sede do Ministério Público Federal também discutirá soluções para filas de cirurgias eletivas em Fortaleza e no Ceará

O Ministério Público Federal (MPF) realiza, nesta sexta-feira, 19 de junho, às 9 horas, reunião com secretários de Saúde e presidentes de entidades da área para discutir um acordo com soluções para problemas nos serviços de urgência e emergência e de cirurgias eletivas em Fortaleza e no Estado do Ceará. O que ficar acordado na reunião será homologado pela Justiça Federal (JF) dentro da ação movida pelo MPF e Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) pedindo que seja declarado estado de emergência na Saúde.

 
Os secretários estadual e municipal da Saúde foram convidados para a reunião pelo procurador da República Oscar Costa Filho. Também estarão presentes a promotora de Justiça Isabel Porto e os presidentes dos Sindicatos dos Médicos, da Associação Médica Cearense e do Conselho Regional de Medicina. A audiência para homologação do acordo ainda terá a data definida pela JF, devendo ocorrer no prazo de 15 dias.
 
MPF e MPCE ingressaram com ação na Justiça Federal para que seja declarado estado de emergência na área da saúde pública no Município de Fortaleza e no Estado do Ceará. Na ação, os MPs pedem ainda a suspensão de festejos juninos, com reversão para a saúde da verba prevista para os eventos, e que a União se manifeste sobre a possibilidade de hospitais federais poderem oferecer vagas para atendimento de pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).
 
Com a declaração de estado de emergência as administrações municipal e estadual terão mais instrumentos para enfrentar a crise no setor. Após a declaração, o poder público pode, por exemplo, contratar, sem licitação bens e serviços dentro do prazo de 180 dias. A declaração possibilitaria ainda ao Estado do Ceará e ao Município de Fortaleza a prerrogativa de requerer à União que disponibilizasse vagas em leitos nos hospitais do Exército, da Marinha e no Sarah Kubitschek, além de possibilitar a contratação direta de leitos e serviços em hospitais e unidades de saúde da rede privada e hospitais filantrópicos
 
A crise na saúde pública teve o quadro agravado nos últimos meses. De acordo com o levantamento realizado pelo Sindicato dos Médicos, em meados de maio de 2015, foram contabilizados 359 pacientes atendidos nos corredores dos maiores hospitais do Ceará. Além dos pacientes nos corredores, vários pacientes são barrados diariamente nas unidades por falta de condição de atendimento. Em alguns casos, familiares de pacientes conseguem na Justiça a determinação para transferência para um leito adequado, mas as decisões não são cumpridas devida à falta de salas.
 
Desde de 2013, tramita na 6ª Vara da JF, ação civil pública movida pelo MPF visando que os hospitais da rede complementar de saúde (hospitais privados e filantrópicos) supram toda a demanda excedente dos hospitais públicos nos procedimentos de urgência e emergência, até que seja totalmente efetivada a melhora na capacidade de atendimento dos hospitais da rede pública no Estado do Ceará. A ação pode ser consultada pelo número: 0000957-18.2013.4.05.8100
 
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