Os ministros Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva, e da
Casa Civil, Aloizio Mercadante, negaram nessa sexta-feira (26) terem
recebido doações ilegais, em dinheiro, do presidente da empreiteira UTC,
Ricardo Pessoa, preso durante quatro meses pelas investigações da
Operação Lava Jato, da Polícia Federal. De acordo com reportagens
divulgadas nessa sexta-feira pela imprensa, Pessoa teria citado, em
acordo de delação premiada, o nome de 18 pessoas que receberam
contribuições dele.
O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva,
que atuou como tesoureiro da campanha da presidenta Dilma Rousseff em
2014, confirmou que recebeu R$ 7,5 milhões, mas ressaltou que em doações
lícitas, conforme prevê a legislação.
O ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, confirmou que recebeu
dois pagamentos de R$ 250 mil, da UTC e da Constran, para sua campanha
ao governo de São Paulo, em 2010. Disse, no entanto, que os valores
foram recebidos de forma legal e declarados à Justiça Eleitoral, que
aprovou a prestação de contas. A direção do PT também reafirmou que
todas as doações recebidas pelo partido são legais e registradas na
Justiça Eleitoral.
Durante duas horas e meia, a presidente Dilma Rousseff se reuniu com
Edinho Silva e Mercadante, no Palácio da Alvorada. O encontro, que não
estava previsto na agenda presidencial, também teve a presença do
ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e de Giles Azevedo, assessor
especial de Dilma. Eles começaram a deixar a residência oficial por
volta das 20h10, sem falar com a imprensa. Na manhã deste sábado (27),
Dilma embarca para os Estados Unidos, onde cumpre uma série de
compromissos em Nova Iorque, Washington e São Francisco.
(Agência Brasil)
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