Número vem subindo mais do que o de homens nos últimos anos; elas levaram a maior parte
do valor concedido por meio do programa de microcrédito no início de 2015
Lugar
de mulher é onde ela quiser. Por isso, elas ocupam espaço em diversas
profissões e querem mais: empreender e abrir
seu próprio negócio. Uma pesquisa realizada pelo SEBRAE mostra que, em
10 anos, o número de mulheres empreendedoras subiu 18%, enquanto o de
homens apenas 8%.
O
Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), por meio do Programa Nacional
de Microcrédito Produtivo Orientado (PNMPO), tem
contribuído para a realização do sonho dessas mulheres. Só no primeiro
trimestre de 2015, elas levaram 62,31% do valor de crédito concedido. E,
em 2014, elas corresponderam a 63,87% do público que recorreu ao
programa.
Francisca
Gomes de Araújo Gonçalves, moradora de Ceilândia Sul, no Distrito
Federal, é um exemplo do que os números mostram.
Quando iniciou seu negócio de venda de cosméticos em 1999, conseguiu
seu primeiro empréstimo por meio do Programa Providência, instituição
operadora de microcrédito, o que possibilitou a compra dos produtos à
vista, com desconto, para venda direta na própria
residência. "Os empréstimos bancários têm juros muito altos e o
microcrédito é um parceiro para a família. Aqui em casa, meu esposo
também é microempreendedor, graças ao microcrédito", destaca.
O microcrédito, além de possibilitar a conciliação da vida familiar com a profissional, pode contribuir com projetos solidários
para a geração de renda. A catarinense Nilséia Calisto, em 2004, apenas com a ajuda do esposo, percorria as ruas de Navegantes,
em Santa Catarina,
coletando materiais recicláveis. Com o empréstimo do PNMPO, a
empreendedora conseguiu comprar uma carroça e expandir seu negócio.
"Para nós foi tudo. Foi a realização
do nosso sonho. Se não tivesse tido o crédito, a gente não teria nada",
conta Nilséia, ressaltando a importância do financiamento do MTE para a
expansão do negócio que, além de melhorar a renda e a qualidade de vida
da família, hoje possibilita ainda ajudar
outras 19 famílias e cerca de 140 pessoas que integram a Associação de
Agentes de Reciclagem de Navegantes.
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