Acrísio confirma convite de Camilo Santana para assumir Assessoria
O
vereador Acrísio Sena (PT) confirmou que recebeu o convite do
governador Camilo Santana para assumir a Assessoria para Acolhimento dos
Movimentos Sociais do Estado. O parlamentar, que foi reeleito em 2012,
disse ao jornal O Estado, ontem, que ainda não decidiu se aceitará o
cargo. Ele, porém, não quis adiantar mais detalhes sobre os trâmites.
Disse, apenas, que em breve sentará com o governador para debater o
assunto. “Estamos ainda dialogando sobre isso. Existe um convite. Ainda
vou sentar com o governador para conversar sobre o assunto”, afirmou o
petista.Com atuação ligada aos movimentos sociais, Acrísio Sena aparece como nome petista preferido de Camilo para ocupar o cargo e, consequentemente, abrir uma ponte com o PT Fortaleza que é oposição ao prefeito Roberto Cláudio e defensor de candidatura própria em 2016. Além disso, Camilo tenta neutralizar uma oposição sistemática de Acrísio Sena a Prefeitura de Fortaleza, uma vez que nós últimos meses o vereador tem usado a tribuna da Câmara Municipal para fazer críticas à gestão RC. Questionado sobre o assunto, o parlamentar desconversou. A ideia, porém, seria ainda aproximar os movimentos sociais com o Palácio da Abolição. Acrísio é fundador e vex-presidente da CUT-CE, do Instituto Municipal de Pesquisa, Administração e Recursos Humanos (Imparh) e da Câmara Municipal de Fortaleza.
Dessa forma, a professora de ciências políticas Carla Michelle Quaresma, da Estácio/FIC, afirmou que a tentativa ajudará Camilo a manter a capacidade de dialogar com as diversas categoriais, sobretudo neste momento de crise, pois, segundo ela, a questão financeira é o grande obstáculo da sua gestão. E, portanto, a proximidade é crucial para manter sua estratégia que é o diálogo com as diversas categorias. Entretanto, criticou o processo de indicação de cargos que se reproduz país afora. Para ela, os apadrinhamentos políticos e as indicações partidárias são “extremamente nociva para sociedade democrática”.
O cargo foi criado após alterações na estrutura do Executivo, quando Camilo promoveu uma minirreforma administrativa. Na ocasião, foram extintas algumas funções e criada outras. A justificativa à época era que não estava sendo aumentada a estrutura do Estado, mas apenas fazendo as adaptações necessárias “ao modelo de planejamento compartilhado com a população durante a campanha”. O objetivo, segundo a proposta encaminhada para apreciação da Assembleia Legislativa, era “aprimorar a condução dos trabalhos na administração estadual, distribuindo melhor as competências entre seus órgãos e entidades”. À época chegou a ser ventilada a possibilidade de alocar o ex-vice-governador, Professor Pinheiro, também petista, para assumir a função, o que não aconteceu.
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