Obama critica tentativa "equivocada" de Putin de recriar glórias soviéticas
No encerramento da cúpula das sete nações mais industrializadas do mundo, realizada nos Alpes da Bavária, os líderes expressaram preocupação com a escalada dos combates no leste ucraniano, onde separatistas apoiados pela Rússia vêm enfrentando as tropas de Kiev, uma violação do cessar-fogo assinado em abril.
A retórica mais forte partiu de Obama, que declarou em uma entrevista coletiva que o povo russo está sofrendo severamente por causa das políticas de Putin.
Foi a segunda cúpula do G7 que excluiu a Rússia desde que Putin foi afastado do que costumava ser o G8 em reação à anexação da península ucraniana da Crimeia em março do ano passado, medida que o G7 criticou e chamou de "ilegal" em seu comunicado.
"Ele tem que tomar uma decisão", afirmou Obama a respeito de Putin. "Ou ele continua a destruir a economia de seu país e continua com o isolamento da Rússia em busca de um desejo equivocado de recriar as glórias do império soviético, ou reconhece que a grandeza da Rússia não depende de violar a integridade territorial e a soberania de outros países."
O Kremlin minimizou a ausência de Putin da reunião anual, dizendo que ele prefere "outros formatos" que são mais eficazes e refletem melhor o equilíbrio do poder econômico global.
"Atualmente é impossível se juntar em sete ou oito pessoas e discutir problemas globais eficazmente", teria dito o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskok, segundo a agência de notícias RIA.
Fontes do G7 disseram que a crise da Ucrânia e a maneira de lidar com a Rússia ocuparam dois terços da discussão de um jantar no domingo dedicado à política externa.
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